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Trabalhadores são encontrados em situação precária em carvoarias clandestinas

Última atualização 27/04/2023 | 14:58

Duas carvoarias clandestinas, com trabalhadores em situação degradante, foram fechadas pelo Batalhão Ambiental (BPM). A suspeita é de que a organização desmatava a vegetação nativa para produzir carvão, em Piranhas, no Oeste de Goiás. De acordo com o tenente-coronel Geraldo Pascoal, às fábricas que estavam com 13 toneladas do carvão, prontas para serem comercializadas, eram do ex-vereador da cidade, Suelter Ferreira.

Conforme foi dito por Pascoal, os carvoarias ficavam em áreas de difícil acesso, lá foram encontrados dois homens, uma mulher e dois idosos em situação precária de moradia e higiene. Um dos idosos, 74 anos, estava morando em uma barraca de lona há quase dois meses e sem receber nada em troca pelo trabalho. O local foi fechado nesta quarta-feira, 24.

“Eles eram responsáveis por tocar as carvoarias. O carvão já estava empacotado em sacos de suplemento animal, além de pacotes de 3,5 km sem nenhuma origem. Localizamos os locais por meio de imagens de satélite, onde identificamos pontos pretos no meio da mata que seriam as fábricas clandestinas”, explicou.

Pascoal afirmou que o político segue sendo procurado em uma operação do batalhão conjunto com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) e que ele deverá responder por crimes ambientais no âmbito federal e que todo o material apreendido nas fábricas deve ser encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF).

Ainda de acordo com o tenente-coronel, a queima de mata nativa para produção de carvão vegetal é um crime federal. “É preciso fazer um levantamento e localizar os pontos onde houve a supressão vegetal para realizar a medição, a fim de contabilizar o tamanho da área destamatada e o que foi ilegal e o que não foi. Porém, toda a madeira utilizada no carvão é de mata nativa da região”, afirmou.

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