O traçado do BRT que ligará a região norte de Goiânia até a sul, continua sendo pauta no cenário político da Capital. Na sexta-feira (14), em uma audiência pública, a Câmara considerou que seria mais vantajoso manter o projeto original. Entretanto, o prefeito Iris Rezende (PMDB) já declarou que tem a intenção de alterar o traçado, pois crê que ele prejudicaria a Avenida Goiás e o centro da cidade.
Em entrevista na manhã de hoje (14), o vereador Eduardo Prado (PV) falou sobre o assunto. “O problema já está sendo discutido. A questão do repasse que não está sendo feito. As obras estão paradas. Os estudos já foram realizados previamente e o mais importante que temos que ressaltar: grande parte dessa obra vem de verba federal. E se alterar algum aspecto do projeto, haverá um problema jurídico grave”.
Para o vereador, a alteração do projeto vai atrapalhar o andamento das obras. “A mudança vai atrasar mais a obra. Teríamos que fazer um novo estudo para obter liberação de recurso federal. Dependendo da mudança pode aumentar os gastos. Isso deveria ter sido feito ou questionado na época que o projeto foi apresentado. Os vereadores que aqui estavam tinham que ter analisado. Agora depois de tudo pronto, já ter iniciado a obra, juridicamente tudo registrado, aí vai alterar o início? Aí isso vai perdurar por cinco, dez anos, e não vai sair do papel”, comentou Eduardo.
O vereador Alysson Lima (PRB) falou sobre a audiência pública. “Essa audiência não tem poder de decisão. A gente não pode sentenciar e falar que o BRT vai manter o projeto original. O prefeito até pouco tempo atrás, através da imprensa, falou que o BRT é um trambolho e via problemas nessa passagem do BRT na Avenida Goiás. Conversamos com empresários envolvidos, arquitetos, projetistas do BRT e alunos de paisagismo. E o que ficou diagnosticado é que o BRT deve manter o traçado original”.
O parlamentar afirmou que irá entregar a documentação da audiência pública para o prefeito Iris Rezende. “Eu e o vereador Vinícius Cirqueira (PROS), que foi autor da decisão de convocar a audiência pública, decidimos em conjunto que nós vamos enviar um relatório dessa audiência para o prefeito e que através da audiência pública, achamos por bem que seja mantido o projeto original”.
Alysson criticou a demora para a conclusão do BRT. “A prefeitura divulgou um novo prazo para entregar a obra para a população que seria em 2019. Mais dois anos de dilatação do prazo. A população fica refém de uma obra que está parada. Por enquanto realmente é um trambolho. Mas depois de pronta ela será uma obra incrível de logística que vai mudar a cara do transporte coletivo de Goiânia. Eu vejo isso com muita preocupação. Espero que o prefeito receba com muita seriedade nosso relatório e que mantenha o projeto original”.