Última atualização 03/11/2022 | 16:36
A mistura de componentes químicos em drogas ‘comuns’ como o LSD, ecstasy e até a cocaína vem se tornando uma ameaça à saúde e à segurança pública no estado. A prática, realizada por traficantes a fim de aumentar a quantidade de produtos e, consequentemente, os lucros, tem se tornando comum, conforme o delegado do Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc), Rony Loureiro.
O investigador diz que ao misturar produtos como solventes, os criminosos não só aumentam a quantidade da droga, como também o potencial do entorpecente de causar problemas nocivos ao organismo humano. Os ‘produtos’ são manipulados geralmente em laboratórios clandestinos e passam por um processo de incremento de outras substâncias ou medicamentos.
“Toda droga sofre processo químico no preparo até chegar ao usuário final. Ela, geralmente, chega de outros países pura e então vai sofrendo processos para aumentar o volume. Isso não potencializa o efeito da droga, mas degrada ainda mais o organismo do usuário de drogas. Isso porque eles colocam produtos químicos dos mais variados tipos”, explicou.
Tráfico de drogas
Os principais ‘clientes’ destes criminosos são jovens e adultos, que costumam ter acesso fácil e barato a esses entorpecentes. Além de caracterizar um crime de tráfico ou posse de drogas, o desconhecimento sobre as verdadeiras substâncias inseridas naquela na droga consumida pode levar a um fim trágico, como a morte e a dependência química.
“Os efeitos da droga são perturbadores. Além disso, são comprovados os efeitos no sistema nervoso central, assim como casos de taquicardia, AVC, hipertensão e até o aumento do risco de infarto. Há efeitos sociais também, como na família. As pessoas não tem mais vontade de estudar, trabalhar e progredir. É uma busca incessante de encontrar um prazer temporário, de fuga, que a droga dá. Esse vício vem destruindo famílias”, concluiu.