Tragédia de ponte MA-TO: buscas por vítimas chegam ao 10º dia; 11 mortes confirmadas, diz Marinha

Buscas por vítimas de queda de ponte entre o MA e TO chegam ao 10º dia; 11 mortes foram confirmadas, diz Marinha

Seis pessoas ainda seguem desaparecidas. Marinha informou que devido a aberta das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito (MA), as operações de mergulho na busca por vítimas serão alteradas até o fim da semana.

A ponte, na BR-226 que liga as cidades de Estreito (DE) e Aguiarnópolis (DE), desabou na tarde do último domingo (22). Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento aconteceu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda vai ser investigada, de acordo com o órgão.

A Marinha informou na noite de segunda-feira (30) que por conta da abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito para o rio Tocantins, serão restringidas as operações de mergulho no rio Tocantins, além do uso de drones aquáticos usados pelas equipes de resgate. Com isso, os mergulhos em busca de vítimas devem acontecer somente das 9h às 15h. A vazão das águas acontece a partir desta terça-feira e segue até sexta-feira (3).

Na segunda-feira (30), a Marinha informou que localizou dois corpos das vítimas do desabamento da ponte no rio Tocantins. Até o momento, as vítimas ainda não foram resgatadas pelas equipes. Durante as buscas pelas vítimas, um mergulhador precisou ser retirado da água e recebeu atendimento médico. A Marinha pediu que população da região contribua com informações a respeito de qualquer situação que possa comprometer a segurança das pessoas ou mesmo sobre a localização de algum corpo. As informações podem ser enviadas por meio dos telefones.

Jairo Silva Rodrigues, de 36 anos, foi resgatado e encontrado com vida após o desabamento da ponte, ainda no domingo (22). Após o resgate, ele foi levado para o Hospital Municipal de Estreito e em seguida, transferido para um hospital de Imperatriz.

A Marinha, até a segunda-feira (30), havia confirmado a morte de 11 pessoas. Destas, nove vítimas já foram resgatadas. Diversos nomes foram revelados, enfatizando a tragédia que abalou a região. Várias vítimas ainda não foram localizadas, e os esforços de buscas continuam intensos.

No dia do acidente, tanques de três caminhões que caíram no rio Tocantins, após o desabamento da ponte, continham substâncias químicas perigosas. Apesar disso, os tanques estão intactos, minimizando o risco de contaminação ambiental. A situação dos tanques será monitorada para evitar qualquer vazamento que possa afetar o meio ambiente.

Por fim, a Prefeitura de Estreito decretou situação de emergência devido à queda da ponte e a necessidade de apoio técnico e financeiro para lidar com a tragédia. A região está mobilizada para lidar com as consequências do desabamento e garantir a segurança da população. A causa do colapso da ponte ainda está sendo investigada, enquanto as operações de resgate continuam incansáveis. O ambiente local demanda atenção especial para evitar problemas de contaminação e garantir a segurança de todos os envolvidos.

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Feminicídio de indígena em aldeia: suspeito é companheiro da vítima

Indígena é morta a golpes de faca na aldeia Castanhal, em Jenipapo dos Vieiras;
companheiro da vítima é suspeito do crime

O suspeito de praticar o feminicídio contra Deusiana Ventura Guajajara é Evaldo
Bezerra da Cunha Silva, que era companheiro dela e fugiu após o crime.

Deusiana Ventura Guajajara, de 28 anos, foi morta a golpes de faca, na
aldeia Castanhal, na cidade de Jenipapo dos Vieiras, a 438 km de São Luís. —
Foto: Reprodução/TV Mirante

Uma mulher indígena foi assassinada na tarde dessa terça-feira (7), dentro da
casa onde ela morava, na aldeia Castanhal, na cidade de Jenipapo dos Vieiras, a 438 km de São
Luís.

Deusiana Ventura Guajajara, de 28 anos, foi morta a golpes de faca, por volta
das 15h30. Segundo a Polícia Civil do Maranhão, o suspeito de praticar o
feminicídio é Evaldo Bezerra da Cunha Silva, de 39 anos, que era companheiro da
vítima e fugiu após o crime.

De acordo com a delegada Wanda Moura, do Departamento de Feminicídio da
Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), o casal
vivia um relacionamento marcado por agressões físicas e ameaças de morte.

Wanda Moura pontua, ainda, que o crime de feminicídio é autônomo, com pena muito
alta, de 20 a 40 anos de prisão. Mas, antes da ocorrência do feminicídio, é
possível se evitar o crime fazendo as denúncias de outros tipos de agressões que
a mulher sofre ao longo de um relacionamento abusivo.

As polícias Civil e Militar ainda estão à procura do suspeito.

A delegada Wanda Moura destaca que o feminicídio não é ato isolado, ele é o
ápice da violência contra a mulher e faz parte de um contínuo de várias
violências.

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