A família da servidora pública que faleceu após um procedimento estético em uma clínica de Goiânia está vivendo um momento de dor e revolta. A irmã da vítima, Ana Elise Coelho, desabafou sobre a perda da irmã de 44 anos e a dor insuportável que estão enfrentando. A Polícia acredita que a servidora sofreu uma reação alérgica severa ao produto aplicado durante o procedimento estético, que resultou em consequências fatais.
Ana Elise Coelho relatou que a família só descobriu no hospital que a esteticista tentou realizar uma traqueostomia em Danielle. Ela ainda mencionou que a equipe da clínica demorou a chamar o Samu e que a intervenção médica na irmã foi tardia. O desespero e a indignação pela falta de providências imediatas para salvar a vida de Danielle são evidentes nas palavras de Ana.
A defesa da acusada foi contatada pelo DE para esclarecer a demora na prestação de socorro, porém não houve retorno até o momento. A dona da clínica, onde o procedimento foi realizado e que permanece detida, possui formação em biomedicina e enfermagem, o que a autorizaria a realizar procedimentos estéticos. A defesa negou a acusação de uso de um produto não autorizado pela Anvisa.
A Polícia encontrou diversas irregularidades na clínica, como medicamentos vencidos, anestésicos hospitalares, materiais cirúrgicos não esterilizados e falta de equipamentos básicos para situações de emergência. Débora Melo, delegada responsável pelo caso, ressaltou a gravidade das infrações encontradas no local e a falta de preparo para lidar com reações alérgicas graves.
O procedimento estético que resultou na morte de Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro envolveu a aplicação de hialuronidase, uma substância utilizada para correções estéticas. A reação alérgica gravíssima da vítima culminou em uma parada cardiorrespiratória fatal. Agora, as investigações estão em andamento para determinar a responsabilidade da empresária pela morte da servidora pública.
A tragédia que se abateu sobre a família de Danielle é um alerta sobre os riscos envolvidos em procedimentos estéticos mal realizados ou em ambientes inadequados. A falta de preparo, a negligência e o desrespeito às normas de segurança podem resultar em consequências irreparáveis, como a perda de uma vida. É essencial que os órgãos competentes fiscalizem e garantam a segurança dos pacientes em clínicas estéticas.
Após a conclusão das investigações, será possível determinar o nível de responsabilidade da dona da clínica no falecimento de Danielle. A família, amigos e colegas de trabalho da servidora pública estão enlutados e em busca de respostas para compreender o ocorrido. A memória de Danielle Mendes Xavier de Brito Monteiro permanecerá viva naqueles que a amavam e respeitavam, enquanto a justiça busca esclarecer os fatos e responsabilidades envolvidas.