Tragédia na BR-376: nove atletas de remo morrem em acidente após carreta tombar sobre van

Nove pessoas, incluindo atletas de um time de remo de Pelotas, morreram após uma carreta tombar sobre uma van na BR-376, em Guaratuba, Paraná, por volta das 21h40 de domingo, 20. As vítimas, que faziam parte do Projeto Remar para o Futuro e estavam retornando de uma competição, foram identificadas como Samuel Benites Lopes (15 anos), Henry da Fontoura Guimarães (15), João Pedro Kerchiner (17), Helen Belony (20), Nicole Cruz (15), Angel Souto Vidal (16), Vitor Fernandes Camargo (17), Oguener Tissot (coordenador, 43) e Ricardo Leal da Cunha (motorista, 52 anos).

Durante o acidente, a carreta perdeu os freios e colidiu na traseira da van, que, com o impacto, bateu em outro carro, rodou na rodovia e foi arrastada para fora da pista. Um adolescente de 17 anos, identificado como João Milgarejo, foi o único sobrevivente da van e foi levado para o Hospital Municipal São José, em Joinville (SC), junto com o motorista da carreta, que também sofreu ferimentos leves.

A Prefeitura de Pelotas decretou luto oficial de sete dias e a prefeita, Paula Mascarenhas, se reuniu com os familiares das vítimas. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, expressou suas condolências, destacando que os atletas estavam no auge de suas carreiras. Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, e a rodovia permanece interditada, com 18 km de fila, enquanto as autoridades recomendam rotas alternativas.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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