Tragédia no colégio Goyases completa um ano

Neste sábado (20), completa um ano a tragédia que chocou Goiânia. Era dia 20 de outubro de 2017, uma sexta-feira, no final da manhã quando um adolescente de 14 anos, aluno do Colégio Goyases, em Goiânia, atirou várias vezes contra colegas de sala.

O menor entrou na sala de aula com uma pistola .40 dentro da mochila. Sacou a arma e em seguida começou a atirar, matando os colegas João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, e ferindo outros quatro, sendo uma delas Isadora Morais que ficou paraplégica. A arma que ele usou pertencia a mãe que, como o pai, é policial militar.

 

João Vitor Gomes (à esquerda) e João Pedro Calembo morreram (Foto: Reprodução)

 

Ao ouvir os disparos, Simone Maulaz , coordenadora do Colégio, em ato heroico entrou na sala no momento em que o atirador recarregava a arma, o risco de que ele fizesse mais vítimas era grande, já que haviam outras salas com alunos. Simone conseguiu convencer o adolescente a acompanhá-la até a biblioteca, lá conseguiu acalmá-lo até que ele travasse a arma. Momento em que policiais entraram na biblioteca e conseguiram prender o atirador.

 

Isadora Morais ficou paraplégica (Foto: reprodução)

 

Em depoimento, o adolescente disse que era vítima de bullying, que estava sofrendo pelos colegas. No dia 28 de novembro a justiça condenou o jovem a três anos de internação, pena máxima prevista pelo ECA, a previsão é que ele seja solto em 2020.

 

Foto: reprodução

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ONU: 140 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no mundo

Em 2023, 85 mil mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em todo o mundo, sendo que 60% desses homicídios foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. O índice equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias ou uma a cada dez minutos.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 25, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, pela ONU Mulheres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).

De acordo com o relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, o continente africano registrou as maiores taxas de feminicídios relacionados a parceiros íntimos e familiares, seguido pelas Américas e pela Oceania.

Na Europa e nas Américas, a maioria das mulheres assassinadas em ambiente doméstico (64% e 58%, respectivamente) foram vítimas de parceiros íntimos, enquanto, em outras regiões, os principais agressores foram membros da família.

“Mulheres e meninas em todo o mundo continuam a ser afetadas por essa forma extrema de violência baseada no gênero e nenhuma região está excluída”, destacou o relatório.

“Além do assassinato de mulheres e meninas por parceiros íntimos ou outros membros da família, existem outras formas de feminicídio”, alertou a publicação, ao citar que essas demais formas representaram mais 5% de todos os homicídios cometidos contra mulheres em 2023.

“Apesar dos esforços feitos por diversos países para prevenir os feminicídios, eles continuam a registar níveis alarmantemente elevados. São, frequentemente, o culminar de episódios repetidos de violência baseada no gênero, o que significa que são evitáveis por meio de intervenções oportunas e eficazes”, concluiu o documento.

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