Tragédia no Rio: Kamila Vitória, 12 anos, vítima da violência. Como proteger nossas crianças?

A triste história de Kamila Vitória Aparecida de Sousa Silva, uma menina de apenas 12 anos, chocou a todos. Ela era descrita por seu pai como uma “menina nota 10”, cheia de sonhos e planos para o futuro. Infelizmente, esses sonhos foram interrompidos de maneira trágica durante um confronto de bandidos na Favela da Guarda, em Del Castilho, na Zona Norte do Rio.

Segundo relatos, Kamila estava brincando em uma quadra na comunidade, se divertindo com outras crianças, quando os disparos começaram. Seu pai, Sandro Alves, não conseguiu correr para protegê-la e pediu para que ela se abaixasse. A menina sentou-se na quadra e, em seguida, deitou-se enquanto os tiros continuavam.

Desesperado, Sandro conseguiu socorrer Kamila e levá-la de carro até o Hospital municipal Salgado Filho, no Méier. Durante todo o trajeto, ele tentava mantê-la acordada, pedindo para que ela não dormisse. Infelizmente, os esforços foram em vão e a menina não resistiu aos ferimentos.

Kamila era uma aluna exemplar, dedicada aos estudos e sempre em busca de melhorar suas notas. Recentemente, ela havia sido convidada para participar de um campeonato de vôlei em um grupo jovem da igreja local, o que a deixou muito animada. Mesmo com receio de participar por não saber jogar, ela estava empolgada com a oportunidade.

A violência que tirou a vida de Kamila é mais um triste episódio em meio a tantos outros na cidade do Rio de Janeiro. Confrontos entre facções criminosas têm causado mortes de inocentes, como a da jovem Kamila. A Delegacia de Homicídios da Capital está investigando o caso, buscando identificar a origem do disparo que atingiu a menina e esclarecer as circunstâncias do crime.

Em 2024, segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, 34 adolescentes foram vítimas de tiros na Região Metropolitana do Rio. Destes, 16 não resistiram aos ferimentos, deixando um rastro de dor e sofrimento para suas famílias. É necessário um esforço conjunto da sociedade e das autoridades para combater a violência e proteger a vida de crianças e jovens como Kamila. Suas vidas não podem se resumir a estatísticas trágicas.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Homem desaparecido RJ reencontra família em SP com ajuda de bancária da capital

Homem desaparecido no RJ em 2019 reencontra família na cidade de SP após ajuda de bancária moradora da capital

Fábio Bittar tinha 45 anos quando, durante a madrugada, saiu de casa e não voltou mais. Ele fazia tratamento para esquizofrenia. Fernanda Dias perguntou dados pessoais ao homem, que corresponderam aos disponíveis no Disque Denúncia RJ.

Um homem que desapareceu no Rio de Janeiro em setembro de 2019 reencontrou a família na cidade de São Paulo após a ajuda de uma bancária moradora da capital. A reunião aconteceu na última quarta-feira (9).

A retomada ao lar só aconteceu por conta da gentileza e do olhar sensível da bancária Fernanda Dias. Isso porque o Fábio ficou cerca de três meses acomodado na calçada da agência em que ela trabalha, na Zona Sul, e eles sempre se cumprimentavam.

“Aí perguntei o nome dele completo, a data de nascimento, nome do pai e nome da mãe. Quando cheguei em casa, já fui procurar”, contou.

Os dados do Fábio estavam registrados no Disque Denúncia DE, que tem um setor especializado em desaparecidos. Todas as informações passadas pela Fernanda bateram, e a família recebeu a notícia de que ele havia sido localizado.

Até a família de Fábio desembarcar em São Paulo, ele ficou sob os cuidados da Polícia Militar. Depois de rever a família, foi levado para uma clínica para cuidar da saúde e retomar o tratamento de esquizofrenia.

“No estado de São Paulo, caso você encontre alguém desaparecido, procure a Polícia Militar e comunique o caso. O Ministério Público de São Paulo tem um programa de localização e identificação de desaparecidos que ajuda na busca dessas pessoas”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp