Transferência de escola causa revolta e preocupação em pais, estudantes e professores em Elói Mendes, MG
Estudantes da Escola Estadual São Luiz Gonzaga serão remanejados para o prédio da Escola Brasileira Alves Pereira. A mudança gerou insatisfação de pais e estudantes em Elói Mendes. A transferência ocorreu após a prefeitura, que é a proprietária do espaço, solicitar a unidade de volta para o Estado.
Alunos, pais, professores e servidores da Escola Estadual São Luiz Gonzaga, em Elói Mendes, estão apreensivos com a mudança da instituição de ensino para outro prédio. Essa decisão partiu da prefeitura, que requereu a devolução do espaço à Secretaria Estadual de Educação. A pronunciamento provocou protestos e até uma audiência pública na Câmara de Vereadores.
De acordo com a direção, a Escola Estadual São Luiz Gonzaga possui atualmente mais de 400 estudantes que serão transferidos para a Escola Brasileira Alves Pereira a partir do próximo ano letivo.
A Secretaria de Educação do Estado informou que o prédio da escola é concedido pela prefeitura, que solicitou a devolução do espaço ao Estado. Em 2020, foi firmado um termo de permissão de uso do prédio entre a prefeitura de Elói Mendes e a Secretaria de Educação do Estado com validade de 20 anos, mas com a possibilidade de rescisão a qualquer momento.
Os impactos emocionais e práticos da transferência para a Escola Brasileira Alves Pereira são destacados pelos professores e funcionários da Escola São Luiz Gonzaga. A mudança levanta questões sobre a adaptação de alunos e a logística dos profissionais, como deslocamento e possíveis perdas de emprego para os contratados.
A comunidade local expressou sua insatisfação com a decisão através de manifestações nas ruas da cidade e participação em uma audiência pública junto aos vereadores. O receio em relação à qualidade do ensino e ao impacto na vida dos estudantes é evidenciado pelos pais e professores.
Após a audiência, a Câmara Municipal de Elói Mendes solicitou informações à prefeitura e às escolas envolvidas, marcando também uma reunião com o Ministério Público. As autoridades locais têm opiniões divergentes sobre a transferência, com o atual prefeito negando ter solicitado a devolução do prédio, enquanto a vice-prefeita eleita para o próximo mandato defende a decisão como forma de economia e beneficiar alunos e professores ao direcioná-los para um espaço especialmente destinado à educação.