Transferência de líderes do CV para presídios federais visa desarticular facção criminosa no Rio de Janeiro e reforçar segurança pública

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Com a transferência de líderes do CV, o estado do Rio de Janeiro passou a ser o estado com o maior número de detentos em presídios federais. Sete chefes da facção criminosa foram levados de Bangu 1 para unidades federais nesta quarta-feira, totalizando quase 500 anos de condenações. A medida visa enfraquecer a comunicação entre as lideranças do Comando Vermelho e outros integrantes da organização criminosa.

A operação de transferência dos criminosos foi realizada pela Polícia Penal Federal, a pedido do governo fluminense, e autorizada pela Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio. Segundo informações da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), as transferências seguem um procedimento estabelecido com o Judiciário, que analisa individualmente cada caso.

No entanto, o secretário André Garcia criticou a divulgação antecipada da transferência pelo governo do Rio de Janeiro, alegando que compromete a segurança da operação e pode gerar tentativas de resgate. Os sete presos foram levados sob forte esquema de segurança até o Aeroporto Internacional do Galeão, de onde seguiram em um avião da Polícia Federal para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.

Entre os transferidos estão Alexander de Jesus Carlos, Arnaldo da Silva Dias, Carlos Vinicius Lírio da Silva, Eliezer Miranda Joaquim, Fabrício de Melo de Jesus, Marco Antônio Pereira Firmino da Silva e Roberto de Souza Brito. Juntos, eles somam mais de 427 anos de prisão. A Senappen informou que, desde a criação do sistema penitenciário federal, não houve registro de entrada de materiais ilícitos nas unidades.

A transferência dos chefes do CV ocorre após uma série de ataques atribuídos à facção no Grande Rio, em resposta a uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha no fim de outubro. O governo do estado adotou essa medida como parte de uma estratégia para conter novos atos de violência. A ação visa reprimir a comunicação entre os líderes do Comando Vermelho e evitar possíveis novos episódios de violência na região.

Portanto, a transferência dos líderes do tráfico para presídios federais representa um esforço conjunto entre as autoridades estaduais e federais para reforçar a segurança pública e impedir a atuação da facção criminosa. A medida visa desarticular o comando da organização e garantir a tranquilidade da população do Rio de Janeiro. A colaboração entre os diferentes órgãos de segurança é fundamental para combater o crime organizado e preservar a ordem no estado.

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