Transferências via DOC se encerram nesta segunda-feira, 15

Transferências via DOC encerram nesta segunda-feira, 15, entenda o motivo

Encerra, nesta segunda-feira, 15, a realização de transferências via Documento de Ordem de Crédito (DOC) pelas instituições financeiras associadas à Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Até às 22h de hoje, as instituições financeiras vão oferecer o serviço de emissão e agendamento do DOC, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. 

Sendo assim, o prazo máximo de agendamento feito hoje ainda por DOC é o dia 29 de fevereiro de 2024, quando o sistema será encerrado definitivamente no País. Nesta mesma data, encerra o prazo para que os bancos processem os agendamentos enviados pelos clientes. 

Um levantamento realizado pela Febraban aponta que apenas 0,05% do total de transações feitas no primeiro semestre de 2023 foram via DOC, sendo apenas 18,3 milhões entre as mais de 37 bilhões de transações totais feitas nos seis primeiros meses do ano passado. 

Com esse número, as transações feitas via DOC ficaram atrás das transações feitas por cheque, 125 milhões, por TED, 448 milhões, por boleto, 2,09 bilhões, por cartão de débito e de débito, 8,4 bilhões cada, e por PIX, mais frequente, com 17,6 bilhões de transações no mesmo período. 

De acordo com comunicado da Febraban, outra operação também será encerrada juntamente com o DOC, a Transferência Especial de Crédito (TEC), que é realizada exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios aos funcionários. 

Tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos. Os clientes têm dado preferência ao PIX, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado”, explicou o diretor adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria, no comunicado da entidade. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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