Imposto de renda: doações podem transformar a vida de crianças e adolescentes
Até 27 de dezembro, contribuintes podem destinar até 6% do imposto a pagar ou a
restituir para projetos sociais do Hospital Pequeno Príncipe.
Curitiba, 10 de dezembro de 2024 – Pouco tempo após seu nascimento, David Novaes
Moreira, que é natural de São Desidério, na Bahia, foi diagnosticado com anemia
falciforme. A doença é hereditária e causa alteração nos glóbulos vermelhos,
levando o paciente a apresentar sintomas como fortes dores articulares, fadiga
intensa, problemas neurológicos, atraso no crescimento e tendência a infecções.
Mesmo fazendo todo o acompanhamento médico em Salvador, quando completou 1 ano
de vida, David sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e recebeu a
indicação de transplante de medula óssea (TMO). “A médica falou que esse
procedimento só era feito em Curitiba, no Pequeno Príncipe. Para mim, poderia
ser no fim do mundo, mas para ver meu filho bem eu iria”, relata Tatiana Novaes
Sousa, mãe do menino.
Em setembro de 2023, ele foi submetido ao transplante no Pequeno Príncipe – o
maior e mais completo hospital pediátrico do país – e agora vai poder viver a
infância sem limitações. “Meu filho nasceu de novo. Antes ele tinha muitas
crises de dor e agora ele vai poder ter qualidade de vida, sem tantas limitações
como antes. O Pequeno Príncipe nos acolheu, e eu me sinto em casa. Todos os
profissionais abraçam e cuidam de você e do seu filho como se fossem da família
deles”, finaliza a mãe.
Toda a assistência prestada ao David foi pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – e
ele não é o único. O Pequeno Príncipe atende 60% de seus pacientes pelo SUS. A
estrutura de suporte ao paciente e à família se alia aos serviços da
instituição, referência nacional em pediatria. Com 47 especialidades e áreas da
pediatria, equipes multiprofissionais compõem o grupo de atenção a meninos e
meninas de todo o Brasil. Somam-se aos médicos, enfermeiros, nutricionistas,
fisioterapeutas, fonoaudiólogos, farmacêuticos, psicólogos e assistentes
sociais.
De contribuinte a herói: como o IR pode contribuir com saúde pediátrica DE Brasil
No Brasil, a destinação do Imposto DE Renda é uma oportunidade para contribuir
diretamente com instituições filantrópicas de saúde que, como o Hospital Pequeno
Príncipe, atendem crianças e adolescentes DE todo o país, muitos DEles
provenientes DE SUS. Até o dia 27 de dezembro, pessoas físicas podem destinar
até 6% do Imposto Devido – seja a pagar ou a restituir – para os projetos
sociais do Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico DE país.
O valor destinado é abatido do imposto pago ou somado à restituição do
contribuinte.
A importância das doações
As instituições filantrópicas são uma peça-chave na assistência em saúde no
Brasil. Segundo dados recentes da Confederação das Santas Casas de Misericórdia,
Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), cerca de 70% dos atendimentos de
média e alta complexidade no SUS são realizados por essas organizações, que
enfrentam desafios financeiros constantes, como o subfinanciamento e a defasagem
dos repasses públicos.
Mesmo tendo um papel essencial, o potencial de doações via renúncia fiscal no
Brasil ainda é pouco explorado. Em 2023, por exemplo, mais de R$ 12 bilhões
poderiam ser captados por meio de destinações de pessoas físicas, mas apenas
2,28% desse valor é efetivamente utilizado, segundo a Receita Federal.
Há 18 anos o Pequeno Príncipe recebe destinações provenientes da renúncia
fiscal, que contribuem para a manutenção das atividades, a capacitação de
profissionais, o investimento em infraestrutura, em tecnologia e na humanização.
“Sempre tivemos a coragem de investir em conhecimento, ciência e inovação,
entretanto as dificuldades de hospitais filantrópicos, como o nosso, são
enormes. Por isso, as doações, especialmente via Imposto DE Renda, são cruciais
para que possamos continuar oferecendo o melhor atendimento, com qualidade
técnica, acolhimento humanizado e suporte integral às crianças e suas famílias.
Essa ação simples é uma forma DE a sociedade participar ativamente na construção
de um sistema DE saúde mais justo e equitativo”, ressalta Ety Cristina Forte
Carneiro, diretora-executiva do Hospital Pequeno Príncipe.