Transição de Lula tem mais de 300 nomes; apenas 14 são remunerados

Transição de Lula tem mais de 300 nomes; só 14 são remunerados

A equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já ultrapassou a marca de 300 nomes. No entanto, apesar de alguns mecanismos de desinformação nas redes sociais, apenas 14 recebem remuneração pelo trabalho. A maior parte, portanto, é composta por voluntários. Dentro desse grupo, estão cinco goianas, todas elas em pastas diferentes.

A equipe de transição de Lula

Para auxiliar na transferência de um poder para o outro no cargo de presidente do Brasil, acontece a nomeação da equipe de transição. Nas eleições deste ano, Jair Bolsonaro (PL) saiu derrotado nas urnas e então Lula nomeou o seu vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), para comandar o time.

Aos poucos, os nomes da transição de Lula foram surgindo. Entre eles, destacam-se os de Simone Tebet (MDB) e Marina Silva (Rede), aliadas importantes do petista durante a campanha vitoriosa.

As representantes goianas na equipe de transição são Aava Santiago, presidente do PSDB em Goiânia, na pasta de Mulheres; Ieda Leal, em Igualdade Social; Ludhmila Hajjar, na Saúde; Maria Luiza Moura Oliveira, nos Direitos Humanos; e Nádia Garcia, na Juventude.

No total, o número de pessoas na transição de Lula já ultrapassa 300 nomes em todo o Brasil, configurando-se como a maior equipe da história. Tal fato levou a desconfiança e desinformação, como no caso de Fernando Holiday, vereador de São Paulo. O político deu a entender que todas as pessoas da transição receberiam média salarial de R$ 17 mil.

Porém, isso não é verdade. De acordo com a legislação brasileira, o governo de transição tem direito a remunerar no máximo 50 pessoas. Os demais voluntários podem receber passagens e diárias custeadas pela dotação orçamentária. Entretanto, não recebem salários. Na equipe de transição de Lula, apenas 14 recebem remuneração.

Confira a lista de pessoas que recebem salários na transição do presidente eleito:

  • Geraldo Alckmin – R$ 17.327,65
  • Floriano Pesaro – R$ 16.944,90
  • Paulo Bernardo – R$ 13.623,39
  • João Luiz Silva Ferreira – R$ 13.623,39
  • Márcio Fernando Elias Rosa – R$ 13.623,39
  • Miriam Belchior – R$ 13.623,39
  • Pedro Henrique Giocondo Guerra – R$ 13.623,39
  • José Pimentel – R$ 10.373,30
  • Cassius Antônio Rosa – R$ 10.373,30
  • Maria Helena Guarezzi – R$ 10.373,30
  • Wagner Caetano Alves de Oliveira – R$ 10.373,30
  • Daniella Fernandes Cambauva – R$ 10.373,30
  • Fábio Rafael Valente Cabral – R$ 10.373,30
  • Vinicius Carnier Colombini – R$ 10.373,30

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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