Trânsito em Goiânia fica mais violento em 2022; acidentes fatais subiram 51,85%

trânsito

Trânsito em Goiânia fica mais violento em 2022; acidentes fatais subiram 51,85%

O trânsito em Goiânia registrou aumento nos índices de crimes e violência em 2022. A quantidade de vítimas fatais nas ruas e avenidas da capital saltou de 117 para 121, segundo a Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (DICT). Foram 76 pessoas mortas após os acidentes. O total de ocorrências alcançou 5.892. 

 

A tendência geral de alta desencadeou 38,5% a mais de condutores indiciados. O registro de Termos Circunstanciado de Ocorrência (TCOs), aplicado para  crimes de trânsito de menor potencial ofensivo, subiu 28,9%: eram 138 em 2021 e chegaram a 178 no ano passado.

 

Um dos acidentes mais chocantes em 2022 foi um racha na avenida T-9. Em maio, motoristas apostaram racha e provocaram acidente com capotamento que levou à morte dois jovens. Eles dirigiram bêbados com velocidade entre 160 e 180 de 160 quilômetros por hora após saírem de uma boate no setor Marista, em  Goiânia, por volta das 5 horas. Um deles não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

 

Os condutores,  um de 18 anos  e outro de 22, chegaram a fugir do local do acidente após a tragédia. Duas pessoas morreram –  a adolescente Marcella Amaral, de 15 anos, e o jovem Wictor Rodrigues, de 20 anos – e uma terceira passageira foi internada no Hospital de Urgências Governador Otávio Lages de Siqueira (Hugol), mas foi liberada no mesmo dia. Alguns órgãos do universitário foram captados e  beneficiaram cinco pessoas no estado, segundo informações do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). 

 

Os condutores foram indiciados por homicídio doloso qualificado por motivo fútil e tentativa de três assassinatos. Eles podem ficar até 30 anos presos. O grupo envolvido no acidente era formado por sete pessoas.

 

Estatísticas do trânsito em Goiânia

 

2021 2022 
Vítimas 197
Mortes de motociclistas 127
Mortes de ciclistas  17
Atropelamentos 34
Óbitos após os acidentes 76
Acidente com vítimas fatais (+51,85%) 117 121
Acidentes com vítimas em estado gravíssimo (+28,9%) 138 178
Inquéritos instaurados 278 275
Inquéritos instaurados remetidos ao Poder Judiciário (+45,7%) 442 644
Motoristas indiciados por crimes de trânsito (+38,5%)
Ocorrências registradas e analisadas 5.892

 

*Fonte: Dict

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos