Tratamento com laser em ave com trauma cranioencefálico: veterinária mostra recuperação de ‘Gal’

Veterinária mostra tratamento a laser em ave que sofreu trauma cranioencefálico;
VÍDEO

Marcella Sanches, médica veterinária fisiatra e acupunturista, encontrou o periquito verde fêmea no prédio em que mora, o resgatou e passou a tratar o animal.

Veterinária mostra tratamento com laser de ave DE sofreu trauma cranioencefálico [https://s03.video.glbimg.com/x240/13216670.jpg]
Veterinária mostra tratamento com laser de ave DE sofreu trauma cranioencefálico

O destino de um periquito verde fêmea (Brotogeris) que caiu no chão e DE sofreu um trauma cranioencefálico poderia ter sido diferente caso não tivesse cruzado o caminho de Marcella Sanches, médica veterinária fisiatra e acupunturista. Após resgatar o animal, batizado como ‘Gal’, a profissional passou a compartilhar como tem sido a recuperação do animal nas redes sociais.

Marcela enviou ao g1 imagens de como Gal foi encontrada em Santos (SP) [https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/cidade/santos/] e do processo de recuperação, que contou com tratamento a laser (assista o vídeo acima).

A ave foi encontrada em 15 de novembro. O periquito fêmea estava no chão do apartamento da veterinária, em uma área que está em reforma. “Lá, tem um carcará em volta do prédio e, provavelmente, ela se acidentou fugindo dele. Deve ter batido no vidro”.

Imagem mostra ‘Gal’ tentando se locomover logo após a queda que causou trauma cranioencefálico — Foto: Marcella Sanches

Após o resgate, Marcella colocou Gal em uma caixa e ligou para uma amiga que é especialista em animais silvestres, que a instruiu sobre a alimentação para a ave.

Por trabalhar com reabilitação e fisioterapia, passou na clínica para buscar o aparelho de laser. “Sabia que o quanto antes começasse o tratamento, as chances de se recuperar seriam maiores”, disse.

O laser, segundo ela, é um recurso eletrofísico usado na reabilitação física em tratamentos de diversas afecções, e pode ser usado para cicatrização de feridas, regeneração tecidual, analgesia e, nesse caso, para modular o processo inflamatório.

> “A técnica transcraniana é a aplicação através do crânio, com parâmetros específicos do laser para tratar a lesão cerebral”, explicou.

A veterinária disse que, por causa do trauma, como a suspeita é de que ela tenha batido a cabeça, desenvolveu uma síndrome vestibular, que é um conjunto de sinais clínicos que surgem devido a alterações no sistema vestibular – responsável pelo equilíbrio e orientação do corpo no espaço.

“Ela apresentou inclinação da cabeça, perda de equilíbrio e dificuldade para caminhar. Além disso, não sabia há quanto tempo ela estava sem comer, e uma das patinhas não conseguia agarrar o poleiro [graveto de madeira]”, complementou.

MELHORA APÓS LASER

1 de 1 Momento em que ‘Gal’ foi resgatada pela veterinária (à esq.) e o início do tratamento com laser (à dir.) — Foto: Marcella Sanches

Gal já foi submetida a aproximadamente 10 sessões de laser e apresentou melhora expressiva. “A ideia agora é melhorar a forma que a pata agarra no poleiro e que voe melhor”.

A ave, segundo a veterinária é ‘boazinha e colaborativa’, o que facilita o tratamento.

Sobre o nome escolhido, Marcella disse que foi para homenagear a Tropicália, pois já havia resgatado outra periquita verde abandonada e batizado de Betânia.

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Mães de autistas detidas após protesto por direitos na Secretaria da Saúde

Mães de crianças autistas são detidas após protestarem na Secretaria da Saúde
por direitos garantidos em Ação Civil Pública

Duas mulheres foram levadas para o 14º Distrito Policial após quebrarem o vidro de uma janela e danificarem uma bancada. O ato começou na Avenida Paulista e terminou na sede da secretaria, na mesma região; mães pedem fornecimento de medicamentos, atendimentos médicos e matrículas em escolas.

Mães de crianças autistas protestaram nesta segunda-feira (6) na Secretaria da Saúde do Estado — Foto: Arquivo Pessoal

Duas mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foram detidas e levadas para a delegacia nesta segunda-feira (6) após protestarem na Secretaria da Saúde do Estado, em Cerqueira César, Zona Oeste de São Paulo.

O protesto, que começou na Avenida Paulista, tinha como principal objetivo pedir que os direitos aos filhos garantidos por uma decisão judicial decorrente de uma Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em 2000 sejam cumpridos (veja mais abaixo sobre a ação).

Conforme boletim de ocorrência, as duas mulheres foram autuadas por danos ao patrimônio público depois de quebrarem o vidro de uma janela e danificarem bancada com um martelo. Uma funcionária relatou à polícia que quatro mulheres foram até a secretaria e ficaram “alteradas” após uma reunião no Grupo de Coordenação das Demandas Estratégicas.

Após as mães serem ouvidas na delegacia, elas foram liberadas. Em nota, a Secretaria da Saúde afirmou que está à disposição de todo e qualquer familiar de pacientes com transtorno do espectro autista (TEA) que recebe atendimento pela pasta.

“A SES lamenta o ocorrido na tarde desta segunda-feira (6) e a violência sofrida pelos profissionais de saúde, e enfatiza que preza pelo diálogo e a assistência humanizada dos pacientes”, disse a pasta.

Uma das detidas é Márcia Silva Santos, que mora em Osasco, Grande São Paulo. A ela, relatou que foi até a secretária pedir explicações, já que o filho de 11 anos não consegue autorização para receber cannabidiol nem se matricular em alguma escola.

“Nós não queríamos quebrar nada dentro da Secretaria da Saúde. Eu já venho nessa luta já há algum tempo. Meu filho tem 11 anos. Não está matriculado em escola nenhuma dentro do estado de São Paulo. DE vem negando os direitos do meu filho. DE vem negando o medicamento do meu filho. Nem só o do meu filho. Tem várias mães que estão aqui comigo que vem acontecendo tudo isso. Não sou só eu que estou sofrendo.”

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