Tratamento errado causa danos permanentes ao pênis: homem ganha indenização milionária

Homem fica com danos permanentes após tratamento errado feito no pênis

Diagnosticado erroneamente com disfunção erétil, o idoso perdeu a capacidade de ter ereções e desenvolveu fibrose irreversível no pênis

Um homem de 72 anos, morador do Novo México, nos Estados Unidos, foi diagnosticado com disfunção erétil e passou a receber um tratamento invasivo, incluindo injeções frequentes, que lhe causaram danos permanentes no pênis.

O paciente, que não teve sua identidade divulgada, foi diagnosticado erroneamente com a condição em 2017, aos 66 anos, e foi induzido a pagar US$ 5 mil, equivalente a aproximadamente a 25 mil reais, por um programa de tratamento no NuMale Medical Center, localizado em Albuquerque.

Após uma série de injeções e procedimentos, o homem agora receberá mais de US$ 412 milhões (aproximadamente 2 bilhões de reais) como parte de um acordo judicial.

O tratamento, que incluía injeções frequentes para disfunção erétil e colocação de um implante de testosterona, foi prescrito por um assistente médico da clínica. O paciente foi orientado a aplicar as injeções em casa. No entanto, após a administração, o homem notou que os medicamentos não estavam surtindo efeito e retornou à clínica para uma consulta de acompanhamento.

Foi durante essa consulta que, segundo os advogados do paciente, o assistente médico demonstrou uma técnica inadequada de injeção diretamente no pênis, causando uma ereção induzida e medicamente desnecessária.

A ereção não desapareceu e, em razão disso, o paciente precisou ser submetido a uma cirurgia de emergência. Como resultado, ele perdeu a capacidade de ter ereções, ficou impotente, não pode mais urinar em pé e desenvolveu fibrose irreversível no pênis, resultando em tecido cicatricial onde antes havia células vivas.

A ação judicial movida em 2020 alega que a clínica promoveu falsamente seus serviços como um centro de saúde e bem-estar masculino, enganando o homem sobre seu diagnóstico. “Tiraram vantagem dele, mentiram sobre um diagnóstico falso e priorizaram o lucro sobre o bem-estar do paciente”, afirmou o advogado Keith Bruno.

Em resposta, Brad Palubicki, presidente do NuMale Medical Center, disse à agência Associated Press que a clínica continua comprometida em fornecer atendimento responsável e mantém rígidos padrões de segurança. “Embora respeitemos o processo judicial, não podemos comentar detalhes específicos devido aos procedimentos legais em andamento”, afirmou.

As injeções para disfunção erétil são geralmente usadas quando outros tratamentos não são eficazes. Elas funcionam relaxando os músculos do pênis e permitindo um aumento do fluxo sanguíneo, o que gera uma ereção. Embora a técnica seja segura e eficaz, ela deve ser aplicada com precaução e sempre sob orientação médica.

Em casos em que injeções não são adequadas, uma alternativa é o dispositivo de ereção a vácuo, que é uma solução não invasiva para auxiliar no tratamento da disfunção erétil.

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Presidente da Câmara Municipal suspeito de tráfico e compra de votos

Quem é o presidente da Câmara Municipal suspeito de atuar pelo tráfico

Reeleito com 3.744 votos e o 3º vereador mais bem votado de Boa Vista, Genilson Costa foi preso pela Polícia Federal (PF) em 6 de outubro. Principal alvo da Operação Martellus, deflagrada pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (18/12), o presidente da Câmara Municipal de Boa Vista (RR), Genilson Costa (Republicanos), é suspeito de integrar associação criminosa formada durante as eleições de 2024 e voltada à compra de votos e à prática de outros crimes eleitorais.

Reeleito com 3.744 votos e o terceiro vereador mais bem votado de Boa Vista, Genilson Costa (foto em destaque) foi preso pela Polícia Federal (PF) em 6 de outubro deste ano. A prisão ocorreu durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em sua residência, no bairro Cinturão Verde, zona oeste de Boa Vista.

Durante a operação, foram apreendidos R$ 26 mil em espécie, encontrados no closet e no carro dele, além de listas rasgadas com nomes de eleitores descartadas no lixo.

A PF também encontrou 1,7 grama de ouro em estado bruto, avaliado em R$ 797, o que levou ao enquadramento no crime de usurpação de bens da União devido à origem suspeita do minério, associado ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A operação foi motivada por uma ligação recebida pelo Disk Denúncia Eleitoral um dia antes, indicando intensa compra de votos em outro imóvel no bairro Santa Tereza. No local, a PF encontrou cerca de 10 pessoas, que confirmaram ter recebido R$ 100 e santinhos do vereador Genilson.

O Ministério Público destacou indícios claros de caixa dois eleitoral e compra ilícita de votos em um esquema “organizado e intenso”, reforçado pela tentativa de destruição de provas com as listas de eleitores rasgadas. A coluna não localizou a defesa do vereador. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Além das novas acusações, Genilson já é investigado pela Justiça por suspeita de integrar um esquema de tráfico de drogas em Roraima, com negociações ocorrendo até dentro de seu gabinete na Câmara, segundo o Ministério Público de Roraima (MPRR). Ele negou as acusações na época. Reeleito para o terceiro mandato seguido em Boa Vista, e somando outros anteriores no interior do estado, Genilson se apresentava como defensor do desenvolvimento regional e da valorização do servidor público, da agricultura e do esporte e lazer.

A corporação cumpre 18 mandados de busca e apreensão, bem como 14 de prisão temporária, todos expedidos pela Justiça da 1ª Zona Eleitoral de Roraima. A investigação começou após a prisão em flagrante de 10 pessoas, em 5 de outubro último, por corrupção eleitoral. Na ocasião, um suspeito apontado como líder de campanha teria cooptado cidadãos para votarem em um candidato que disputava a reeleição ao cargo de vereador do município de Boa Vista (RR). Em contrapartida ao voto, essas pessoas teriam recebido valores de R$ 100 a R$ 150. O vereador ainda tinha um grupo em aplicativo de mensagens, por meio do qual os envolvidos faziam prestação de contas sobre o esquema. Ao menos R$ 1 milhão teria sido usado na compra de votos. O inquérito policial apontou, ainda, que o vereador — investigado anteriormente por diversos outros crimes — teria recebido patrocínio do tráfico para exercer as atividades parlamentares, inclusive ao disputar a presidência da casa legislativa municipal. Os investigados podem ser indiciados por associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, transporte ilegal de eleitores, violação do sigilo do voto, violação de sigilo funcional, prevaricação e lavagem de dinheiro.

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