Travessia de balsa São Sebastião-Ilhabela: fila de espera de 3h devido às condições climáticas

Travessia de balsa entre São Sebastião e Ilhabela registra fila com 3h de espera

De acordo com a Semil, a travessia opera com lentidão devido à força da maré e aos
fortes ventos que atingem a região.

A espera para atravessar de São Sebastião para Ilhabela registrou 3h30 na tarde desta quinta-feira. A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) explicou que o alto tempo de espera é ocasionado pela força da maré e pelos ventos fortes na região.

A Semil também mencionou que o serviço está com grande demanda de veículos em ambos os terminais, o que influencia diretamente no tempo de espera.

Em comunicado, a Semil divulgou que, por volta das 17h, três embarcações estavam operando na travessia entre São Sebastião e Ilhabela. Outras três embarcações aguardavam as condições climáticas melhorarem para retomar a operação.

No final da tarde, a espera para a travessia de Ilhabela para São Sebastião estava em torno de 2h30, enquanto no sentido contrário, de São Sebastião para Ilhabela, era de 3h.

As informações sobre o tempo de espera e as condições da travessia são atualizadas em tempo real no site do DE.

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Atriz brasileira relata cenário ‘pós-apocalíptico’ em Los Angeles durante incêndios: casas evacuadas, vento forte e fumaça densa

Casas evacuadas, carros abandonados, vento forte e muita fumaça: atriz brasileira relata cenário ‘pós-apocalíptico’ durante incêndios em Los Angeles

Rubia Gabriela Funes, de Votorantim (SP), mora nos EUA há cinco anos e nunca havia visto incêndios florestais tão intensos. Brasileira segue recomendação das autoridades de ficar em casa para não respirar a fumaça que toma as ruas de Los Angeles.

Com ventos de furacão, Los Angeles (EUA) enfrenta pior incêndio da história; milhares de pessoas deixaram suas casas — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

Embora viva em Los Angeles há cinco anos e esteja acostumada aos incêndios florestais que atingem a costa oeste dos Estados Unidos com frequência, a atriz brasileira Rubia Gabriela Funes, de 31 anos, nunca havia se deparado com uma situação tão intensa. Até quarta-feira (8), os múltiplos focos de incêndio, aliados às rajadas de vento acima de 100 km/h, já haviam causado as mortes de cinco pessoas, a evacuação de cerca de 70 mil moradores e a destruição de mais de mil estruturas na Califórnia. Além disso, as autoridades informaram que 400 mil residências estão sem energia elétrica.

Natural de Votorantim, no interior de São Paulo, Rubia é formada em jornalismo, mas se mudou para o país norte-americano em 2020 com o objetivo de trabalhar na área da atuação. A jovem mora no bairro de Castle Heights, em Los Angeles, com um amigo que também é brasileiro. Rubia trabalha como atriz e motorista de aplicativo nos EUA.

Ao DE, a atriz conta que, geralmente, os incêndios na Califórnia acometem áreas próximas a montanhas, mas, desta vez, o fogo está mais perto da casa dela, a cerca de 20 quilômetros (de 12 a 13 milhas). Mesmo assim, Rubia acredita que não será necessário deixar o bairro onde mora. “A vegetação daqui é bem seca, com clima de deserto, não chove com frequência. Então, tem muito risco de incêndio. Mas não é tão perto para mim. Mesmo assim, está bem complicado, cena de filme pós-apocalíptico mesmo”, relata.

Como não tinha nenhuma gravação agendada nos últimos dois dias, a rotina de Rubia como atriz não foi afetada a princípio. Já o segundo trabalho dela, como motorista de aplicativo, esbarrou no trânsito intenso por conta da evacuação das famílias que moram em áreas consideradas de risco. “Ontem [terça-feira], estava bastante trânsito e eu estava conseguindo ver bastante fumaça no céu, principalmente em Santa Mônica. Inclusive, peguei um passageiro que estava saindo do trabalho e indo para um hotel, porque a casa dele é nessa área de Pacific Palisades, e teve que ser evacuada. Ele nem sabia se a casa dele tinha sido queimada ou não. A família dele, a esposa e os filhos, tiveram que deixar a casa e ir para o hotel”, explica.

Por recomendação das autoridades, a brasileira optou por ficar em casa na quarta-feira para não respirar a fumaça que toma as ruas de Los Angeles. “A qualidade do ar não está boa. Amigos falaram que foram na academia e, só nesse percurso do carro para a academia, o nariz começou a arder. A fumaça está se espalhando pela cidade inteira, o céu está com uma cor estranha, alaranjado, e, desde ontem [terça-feira] cedo, está ventando bastante, fora do comum, o que ajudou a espalhar o fogo.”

“Esse ano está pior, porque o fogo não ficou só na área das montanhas, e já teve mortes. A gente abre as redes sociais e só vê vídeo e foto de casas queimadas, estabelecimentos, carros que as pessoas tiveram que abandonar no meio da estrada por causa do trânsito. Um caminhão teve que empurrar os carros para abrir espaço para os bombeiros. É bem triste”, completa.

Na noite de quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou um decreto que reconhece como desastre de grandes proporções os incêndios que atingem a região de Los Angeles. O governo também está enviando cinco aviões-tanque para o combate às chamas. Incêndios florestais são comuns na Califórnia, mas não acontecem com tanta frequência nesta época do ano, já que é inverno no hemisfério norte. Em todo o estado, o governo estima que mais de 8 mil hectares tenham sido consumidos pelas chamas. O chefe de polícia de Los Angeles, Robert G. Luna, chamou o incêndio de “sem precedentes e imprevisível”. Segundo o Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia (Cal Fire), o fogo ainda está sem controle.

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