Travesti acusada de matar traficante que recusou sexo oral é presa

A Polícia Civil, através da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídio (DIH), prendeu a travesti Michele Brasil, acusada de matar um traficante por ele se recusar a vender drogas para ela e a receber sexo oral no dia 22 de julho de 2016, no setor São Francisco, em Goiânia.

Conforme testemunhas no local, Michele deu dois golpes de faca na vítima após o desentendimento.  Após o crime, equipes da Polícia Civil passaram a monitorar as residências frequentadas pelo traficante.

Na segunda-feira, 24, equipes fizeram campana em um sobrado utilizado para morada de travestis no setor João Braz e avistaram Michele Brasil na residência. Ela foi presa e confessou o homicídio do traficante.

A suspeita já havia sido presa na “Operação Divas”, deflagrada pela DIH em dezembro do ano passado para investigar exploração da prostituição e homicídios. Ela, porém, foi libertada no fim de janeiro.

Durante a investigação, os policiais também prenderam a travesti Kellita Maya. Ela é acusada de matar outra travesti também no setor São Francisco, em 22 de julho de 2016.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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