TRE-SP forma maioria e cassa Zambelli por fake news: entenda o caso

TRE-SP forma maioria para cassar Zambelli por fake news

A ação foi proposta pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSol). Deputada já
recebeu multa de R$ 30 mil por espalhar desinformação

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) formou maioria, nesta sexta-feira (13/12), para cassar o mandato e também tornar inelegível a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O caso é relatado pelo desembargador José Antonio Encinas Manfré, que votou pela cassação do diploma e também pela inelegibilidade da parlamentar. O placar atual é de 4 a 0 pela condenação. A Corte conta com sete membros.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) foi proposta pela também
deputada federal Sâmia Bomfim (PSol). Zambelli teria cometido abuso de poder
político e uso indevido dos meios de comunicação.

Além do relator do caso, outros três integrantes da Corte apresentaram voto pela
cassação. Acompanharam o relator o presidente do TRE-SP, desembargador Silmar
Fernandes, e os juízes Cotrim Guimarães e Claudio Langroiva.

Como a corte tem sete membros e quatro já se posicionaram pela cassação, tudo
indica a perda do mandato da deputada. Além disto, com a condenação, ela fica
inelegível pelo período de 8 anos. O julgamento foi suspenso após um pedido de
vistas da juíza Maria Cláudia Bedotti.

Conforme a denúncia, Zambelli divulgou um vídeo no YouTube no qual dizia ser possível fraude na urna eletrônica. Ela citou um procedimento de carga e lacração nas urnas eletrônicas em Itapeva (SP) para espalhar a desinformação.

Pela divulgação do vídeo, o TRE-SP já multou Zambelli em R$ 30 mil. Zambelli
ainda poderá recorrer ao Superior Tribunal Eleitoral (TSE) caso o julgamento confirme a cassação ao término da sessão.

O Metrópoles não conseguiu contato com a assessoria da parlamentar para se manifestar a respeito do caso. O espaço segue aberto.

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Lula promete “verdadeira autonomia” ao BC com Gabriel Galípolo como presidente

Ao lado de Galípolo, Lula promete “verdadeira autonomia” ao BC

Lula reforçou a autonomia dada pelo governo federal ao presidente do Banco Central, posto que terá Galípolo na presidência. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um vídeo, nesta sexta-feira (20/12), para apresentar o próximo chefe do Banco Central, Gabriel Galípolo, para o público. O petista reforçou que a instituição permanecerá autônoma e deu uma alfinetada no atual chefe do banco, Roberto Campos Neto.

“Quero que você (Galípolo) saiba que está aqui por uma relação de confiança minha e de toda a equipe do governo. Você será o mais importante presidente do Banco Central, porque você vai ser o presidente com mais autonomia que o Banco Central já teve”, afirmou. “Tenho certeza de que, pela sua qualidade profissional, você certamente vai dar uma lição de como se governo o Banco Central com verdadeira autonomia”, acrescentou Lula.

Campos Neto fica no cargo até o fim do mês e, com a virada do ano, Galípolo assumirá a função. Lula e o governo federal têm problemas com as medidas tomadas por Campos Neto, que foi indicado por Jair Bolsonaro (PL) e tem mandato até o fim de 2024. O atual dirigente do banco é alvo frequente das críticas da deputada e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, especialmente pela alta na taxa Selic, índice básico de juros, nos últimos anos.

Na gravação, Lula apresentou o novo chefe do BC como “um presente, uma novidade ao Brasil”: “Hoje estamos oferecendo um presente, uma novidade ao Brasil. Esse jovem chamado Galípolo está assumindo a presidência do Banco Central. Queria dizer que seguimos mais convictos que nunca que a estabilidade econômica e o combate a inflação são as coisas mais importantes para proteger o salário e o poder de compra para as famílias. Tomamos as medidas necessárias para proteger a medida fiscal”.

Galípolo tem 42 anos e é natural da capital de São Paulo. Nas eleições de 2022, ele foi tido como responsável por fazer uma ponte entre a campanha petista e atores do mercado financeiro. Com isso, se tornou secretário-executivo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entre janeiro e junho de 2023. Depois, se tornou diretor de Política Monetária do BC e favorito para ser indicado de Lula para comandar o banco.

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