Trecho da Marginal Botafogo será interditado para obras de reestruturação

A Marginal Botafogo, uma das principais vias de Goiânia, será interditada a partir da próxima segunda-feira (03) para obras de reestruturação em dois trechos. O trabalho, que será realizado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), tem previsão para ser concluído em um mês.

O trecho, de aproximadamente 5 Km, está entre o acesso à região da 44 e a Rua 243. A primeira parte a ser reparada está localizada abaixo da ponte da Avenida Independência, local afetado gravemente pelas chuvas. O segundo ponto está localizado entre a ponte da Rua 10 (Avenida Universitária) e a ponte da Rua 243, que já está sinalizado em meia pista. A Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) será a responsável pela interdição.

A orientação do secretário municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade, Fernando Santana, é que os condutores busquem caminhos alternativos pelo centro da cidade, como a Praça Cívica, a Avenida 83 e a Avenida 115, no Setor Sul. Segundo Santana, uma das opções também é passar pelo Setor Vila Nova e Setor Universitário.

O titular da Seinfra, Fernando Cozzetti, já comunicou que o trecho será totalmente interditado no sentido Avenida Goiás/Jardim Goiás a partir das 21 horas na segunda-feira. A ideia é aproveitar o menor fluxo de veículos no mês das férias e minimizar o impacto no trânsito.

Canal

De acordo com Cozzetti, a Seinfra está buscando soluções para toda a extensão da via. “Está sendo elaborado um termo referência para a licitação de diagnóstico e projetos para o canal da Marginal Botafogo”, afirmou. Desta forma, com o projeto, será possível identificar locais com problemas de engenharia. Além disso, a Prefeitura de Goiânia busca recursos junto ao Ministério da Integração para a execução das obras que se mostrarem necessárias na área.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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