Tree Earth: Aplicativo de catalogação de árvores impulsiona projeto de reflorestamento em Universidade de Portugal

O aplicativo desenvolvido em Manaus, conhecido como Tree Earth, está sendo utilizado por estudantes de mestrado da Universidade do Minho, em Portugal, para catalogar árvores no projeto de reflorestamento do campus de Azurém, em Guimarães. A cidade portuguesa, que será a Capital Verde Europeia em 2026, busca soluções inovadoras para promover a sustentabilidade. Mais de 600 árvores já foram catalogadas com o auxílio desta ferramenta, que tem se mostrado fundamental para o desenvolvimento do plano de reflorestamento, focado na redução de emissões de carbono, aumento da eficiência energética e práticas sustentáveis.

O coordenador do projeto, o professor doutor Rui Lima, em parceria com seis alunos do curso de Mestrado em Engenharia de Gestão de Operações (Mego), tem como objetivo principal a catalogação das árvores existentes no campus, assim como a elaboração de um plano de reflorestação para a região. Com foco nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o trabalho envolve não apenas a comunidade acadêmica, mas também parceiros externos, incluindo a startup Tree Earth, que originou o nome do aplicativo. A empresa amazonense é especializada em ações de plantio para recuperar áreas degradadas na Amazônia, Cerrado e Pantanal.

Para o CEO da Tree Earth, Vicente Tino, esta iniciativa coloca a região amazônica em evidência para grandes universidades europeias, que podem contribuir significativamente com as ações de recuperação de áreas degradadas. A empresa, que nasceu em Manaus e possui um braço em Portugal, é uma spin-off da TecMinho, da Universidade do Minho, e conta com parcerias internacionais, como o Pacto Brasil, da ONU, além de atuação conjunta com parceiros da iniciativa privada, institutos de pesquisa e órgãos públicos.

A Tree Earth enxerga nestas parcerias uma oportunidade de atrair mais investimentos e apoio para a importante missão de frear a degradação das florestas e promover o plantio de novas árvores. A iniciativa tem potencial para não só beneficiar a região amazônica, mas também fortalecer laços com instituições de ensino e pesquisa europeias, ampliando as possibilidades de desenvolvimento sustentável e conservação ambiental. O aplicativo Tree Earth, desenvolvido em Manaus, é uma ferramenta essencial para este projeto de reflorestamento, que visa não apenas restaurar a natureza, mas também conscientizar e engajar a comunidade acadêmica e a sociedade em geral.

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Buscas pelo avião desaparecido PT-JCZ cobrem 840 km² de floresta

As buscas aéreas pelo avião de matrícula PT-JCZ, desaparecido nas proximidades de Manicoré no Amazonas, já cobriram 840 km² de floresta desde o último sábado (21). Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a operação segue concentrada na região, com 11 horas e 42 minutos de voo entre os dias 21 e 23 de dezembro. Ainda não houve avistamento da aeronave. As buscas pelo avião desaparecido, que estão sendo lideradas pela FAB desde sexta (20), contam com o apoio de equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Na terça (24), véspera de Natal, o Governo do Estado informou que enviou uma nova equipe de bombeiros, com cães farejadores, para auxiliar nas buscas.

A missão, que conta com o apoio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), está focada na área ao redor de Manicoré, onde o avião desapareceu. A FAB mantém mobilizados seus recursos para ampliar a área de busca e localizar o avião. O piloto do avião, Rodrigo Boer Machado, de 29 anos, é um dos tripulantes desaparecidos. Natural de Fernandópolis (SP) e residente em São José do Rio Preto (SP), ele viajou ao Amazonas a trabalho, mas não deu detalhes sobre a missão. Enquanto a FAB segue com as buscas, familiares aguardam notícias.

Na sexta-feira (20), dia do desaparecimento do avião, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) informou, em nota, que não havia sido notificado sobre qualquer ocorrência aeronáutica na região. No entanto, na segunda-feira (23), a FAB afirmou que realizou três horas de voo em busca da aeronave. No dia anterior, as operações foram atrasadas pela manhã devido às condições meteorológicas desfavoráveis, mas foram retomadas à tarde, cobrindo mais 550 km² de área sobrevoada. A FAB também confirmou que a aeronave não possuía plano de voo registrado e não foi detectada pelos radares de controle de tráfego aéreo.

O avião desapareceu próximo à comunidade Boca do Rio, a cerca de 7 km da sede de Manicoré, mas a localização exata ainda não foi confirmada devido à dificuldade de acesso na região. Uma moradora relatou à Prefeitura de Manicoré que ouviu um barulho estranho vindo da aeronave que sobrevoava o local e, segundos depois, escutou um forte estrondo. Enquanto as buscas continuam e a angústia dos familiares cresce, a FAB mantém seus esforços para encontrar a aeronave e seus tripulantes. O DECEA e demais instituições seguem empenhados em contribuir com a operação em curso.

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