O treinador Tiago Nunes decidiu entrar com um processo legal contra o Botafogo por falta de cumprimento de um acordo estabelecido após sua demissão em fevereiro de 2024. Tiago Nunes assumiu a equipe em novembro de 2023, mas foi desligado do cargo somente três meses depois. Atualmente, ele lidera a LDU, que eliminou o Botafogo na Libertadores recentemente.
Após a demissão, clube e treinador concordaram com um acordo em abril de 2024 para o pagamento de cerca de R$ 2 milhões em seis parcelas, incluindo a multa rescisória e outros vencimentos. Contudo, apenas a primeira parcela, juntamente com o FGTS, foram quitadas. Diante dos atrasos, o advogado de Tiago Nunes tentou contatar o clube, porém sem obter retorno.
Sem sucesso nas negociações, em dezembro de 2024, o técnico recorreu à justiça trabalhista do Rio de Janeiro. O Botafogo alegou uma crise financeira como justificativa para não honrar o acordo estabelecido. Após uma audiência de conciliação em abril, as partes não chegaram a um entendimento sobre o valor em disputa, aproximadamente R$ 2 milhões.
Em primeira instância, o Botafogo foi condenado a pagar R$ 3,7 milhões ao treinador. O clube recorreu da decisão na semana passada, e a sentença final é esperada em cerca de seis meses. A defesa do treinador, representada por Nicholas Zucchetti, ressaltou que tentaram resolver a questão de forma conciliatória antes de acionar a justiça.
O Botafogo, por sua vez, declarou que o assunto está em tramitação no Judiciário e que irá se posicionar no decorrer do processo. Este episódio envolvendo a falta de pagamento do acordo entre Tiago Nunes e o Botafogo coloca em evidência a importância de se cumprir com os compromissos firmados nos contratos de trabalho no cenário esportivo.