Três brasileiros são presos durante tiroteio em festa nos EUA; um é atingido e está em coma

Tiroteio em festa nos EUA

Três brasileiros foram detidos pela polícia de Worcester, no estado americano de Massachusetts. Os irmãos Carlos Junio Alves-Silva, 20 anos e Luis Fernando Alves-Silva, 18 anos, além de Patriky Sampaio Gomes, 21 anos, participaram de tiroteio em um galpão da cidade, que deixou ferido e internado em coma, o também brasileiro Eric Lima, 18 anos. O crime ocorreu no sábado, 15, durante troca de tiros em uma festa.

O tiroteio na festa fez ainda outras cinco vítimas, com ferimentos mais leves. Em face da situação, os brasileiros são acusados de vários crimes. Posse ilegal de arma de fogo sem licença, porte ilegal de arma de fogo carregada, disparo de arma de fogo a menos de 150 metros de distância de residências, posse de munição sem o FID – documento que autoriza o porte de arma – e agressão com arma perigosa.

O portal ‘Local Today’ noticiou que o juiz James Haddad ordenou a prisão de Patriky Gomes, sem direito a fiança, até audiência de custódia, marcada para o dia 27. O advogado do suspeito, Sean McGinty, disse que o cliente negou a autoria dos disparos. Também, que ele havia recebido “mensagens ameaçadoras”, inclusive de morte, dos outros dois acusados pelo crime, antes da chegada ao local da festa, a 88 Webster Street.

Assim, conforme Sean McGinty, os irmãos Carlos e Luis Fernando Alves-Silva seriam os autores dos tiros. Já Patriky teria fugido do local sem efetuar disparos. O advogado disse que a polícia não encontrou arma ou munição no momento da prisão.

Testemunha da festa

Apesar da defesa do advogado de Patriky, uma testemunha contou à polícia que os três acusados apontaram arma de fogo na direção das pessoas e fizeram os disparos, segundo relatório da polícia. Uma das vítimas ouvidas identificou Patriky Gomes como a pessoa que atirou nele.

Luis Fernando Alves-Silva foi preso em Danbury, no estado de Connecticut, enquanto Sampaio Gomes e Carlos Junio Alves-Silva foram presos em Worcester. Os mandados foram emitidos na quinta-feira. Carlos deve ser ouvido na manhã desta sexta-feira. (com informações de O Globo)

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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