Três brasileiros são presos na fronteira com a Argentina; polícia investiga ligação com o Comando Vermelho

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Três brasileiros foram presos na tarde de sexta-feira, 31, na cidade de Alba Posse, na província de Misiones, região que faz fronteira com Porto Mauá, no Rio Grande do Sul. A polícia argentina investiga se os detidos têm ligação com o Comando Vermelho (CV), facção que foi recentemente classificada como organização terrorista pelo governo da Argentina.

Segundo comunicado da Polícia de Misiones, os homens entraram ilegalmente no país e não possuíam documentos de imigração válidos. Eles foram identificados como Ednei Carlos D. S., de 25 anos, Luis Eduardo T. de S., de 23, e Jackson S. de J., de 35, todos naturais de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro. As autoridades informaram ainda que dois deles têm antecedentes por tráfico de drogas e o terceiro, por agressão.

A polícia argentina acionou os protocolos de cooperação internacional para verificar se há mandados de prisão pendentes e manterá os suspeitos sob custódia até receber informações oficiais da Polícia Militar e da Polícia Civil do Brasil.

O caso ocorre após o Ministério da Segurança da Argentina determinar, na última quarta-feira, 29, o reforço da vigilância nas fronteiras com o Brasil e o Paraguai. A medida foi anunciada pela ministra Patricia Bullrich, que afirmou ter colocado as forças de segurança em “alerta máximo” para evitar a entrada de criminosos ligados a facções brasileiras.

“Determinarei um alerta máximo nas fronteiras para que não haja nenhum tipo de passagem daqueles que devem estar mudando de lugar, [saindo] da centralidade do conflito no Rio”, declarou Bullrich à CNN Radio Argentina.

A ministra destacou que a fiscalização será feita de forma rigorosa, com checagem dos antecedentes de brasileiros que cruzam a fronteira, mas “sem confundir turistas com membros de organizações criminosas”.

Bullrich também afirmou que 39 brasileiros estão presos em penitenciárias argentinas — cinco do Comando Vermelho e “sete ou oito” ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com ela, todos permanecem isolados e sob vigilância constante para evitar qualquer tipo de articulação entre os grupos.

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