Polícia Ambiental flagra caçadores ilegais com armas e ave abatida em Iguape, SP
Três homens foram detidos em uma área de mata em Iguape, no litoral de São
Paulo, por caça ilegal de animais silvestres. Além de armas, eles carregavam
munições, itens para a caça e um animal já abatido. O trio foi multado em R$ 3
mil e liberado após pagar fiança na Delegacia de Iguape.
Segundo relatos da Polícia Ambiental, na terça-feira (17), enquanto realizavam
patrulhamento no bairro Ilha Grande, a equipe flagrou os três homens próximos a
uma estrutura utilizada para caça. Ao perceberem a presença dos policiais, um dos
caçadores tentou fugir, porém foi prontamente alcançado e abordado.
Durante a abordagem, foi encontrada com o indivíduo uma arma de pressão, uma
luneta, um estojo contendo 200 chumbinhos, dois canivetes e uma ave morta da
espécie Inhambu-chororó (Crypturellus parvirostris).
O homem alegou estar caçando cateto, uma espécie de animal silvestre, e confessou
estar acompanhado do irmão e de outro colega. Os policiais, seguindo a mesma
trilha, se depararam com os outros dois homens, que também planejavam encontrar o
primeiro infrator.
Com os demais caçadores, os policiais encontraram uma espingarda municiada, 13
munições e um facão. Eles admitiram a intenção de caçar animais silvestres,
especificamente catetos. Durante a vistoria na área, uma armadilha foi
encontrada, com milho espalhado no chão, indicando a atração de animais.
Os envolvidos e os materiais apreendidos foram encaminhados à Delegacia de Iguape,
onde um boletim de ocorrência de porte ilegal de arma de fogo e crime ambiental
foi registrado. Além disso, um Auto de Exibição e Apreensão dos objetos foi
lavrado.
Os três homens foram autuados em um total de R$ 3 mil pelas infrações cometidas e,
após o pagamento de fiança, foram liberados, permanecendo à disposição da
Justiça.
Apesar de o Brasil ter enfrentado uma temporada de incêndios florestais em
proporção recorde nos últimos meses, crimes ambientais raramente resultaram em
prisões. De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério
da Justiça, até agosto de 2024, o país registrou 183,3 mil processos, porém apenas
433 resultaram em detenções.