Três casos de racismo por dia são denunciados no governo federal

Três casos de racismo por dia são denunciados no governo federal

De janeiro a maio, três casos de racismo por dia foram denunciados no governo federal. Os números consistem em um aumento de 94% em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento é da Controladoria-Geral da União (CGU), sendo que o Departamento de Polícia Federal (DPF) e o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) foram os que mais registraram denúncias.

Denúncias de racismo no governo federal

No período dos primeiros meses do ano de 2023, até o dia 25 de maio, foram 394 denúncias de racismo dentro do governo federal. Somente na Polícia Federal, foram 29 casos, e no Ministério da Mulher, 28.

Além disso, foram 19 ocorrências no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 16 no Ministério da Educação e Ministério dos Direitos Humanos, 13 na Universidade Federal de Minas Gerais e Ministério do Trabalho e Previdência, e outros dez na Presidência da República, CGU e Ministério da Saúde.

Nos últimos quatro anos e cinco meses, foram 2.646 denúncias de racismo no governo federal. O ápice ocorreu em 2020, com 675 ocorrências. Como base de comparação, apenas 71 denúncias foram feitas em 2021, com outras 203 em 2022. Em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, foram 142 casos.

Entre todas as 2.646 denúncias de racismo dos últimos quatro anos e cinco meses, 1.922 foram concluídas, 658 arquivadas e 66 estão em tramitação.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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