Três crianças morrem em acidente causado por motorista bêbado

Um homem de 52 anos, identificado como Raimundo Francisco da Silva, estava bêbado quando conduzia um carro que se envolveu em uma tragédia que resultou na morte de três crianças. O caso aconteceu na tarde de sábado, 29, e de acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem foi indiciado por homicídio qualificado.

No carro, estava Raimundo, três crianças, Maria Adna Antônia de Jesus e Silvania Antônia Barbosa, avó e mãe dos menores. Eles morreram afogados.

Segundo as informações, a família saiu do município de Marajó, em Goiás, e passou a tarde na Barragem da Lagoa do Japonês. Ao Metrópoles, a avó da criança contou que pediu para ir embora porque estava ficando frio.

Além disso, ela afirmou que antes de embarcarem no carro, Silvania teria dito a Raimundo que esperaria para entrar no carro com as crianças quando ele estivesse longe da represa, momento em que o homem retrucou “você está pensando que eu estou bêbado? Eu não estou bêbado, não. Pode entrar todo mundo aqui”.

Entretanto, quando a família entrou no carro ele engatou a marcha errada. Segundo ela, em vez de engatar a ré, ele colocou a primeira marcha, jogando o carro para dentro da barragem. A avó das crianças disse que um dos netos pedia para ele parar, mas ele acelerava mais.

Com isso, Sarah Vitória Barbosa de 1 ano, Henrique Gabriel Barbosa Maciel de 3 anos e Miguel Luís Barbosa Maciel de 4 anos morreram afogados.

De acordo com testemunhas, Raimundo socorreu uma das crianças, mas fugiu do local. O cabo Diego, da Polícia Militar de Goiás, afirmou que “populares disseram que ele tinha trocado de roupa e empreendido fuga”. “Ele pegou carona para uma fazenda, na fazenda, encontramos o gerente e um funcionário: Raimundo. Ele estava com a mochila. Provavelmente o gerente nem tinha ciência do acontecido”, explicou.

Trauma

Ainda ao Metrópoles, Maria Adna contou que a filha entrou em desespero e que acha que precisará passar por tratamento. “Acho que vai precisar até que passar por um médico. Ela amava muito as crianças. Estou me segurando porque tem que ter ao menos uma pessoa dentro de casa para dar força para as outras”, disse.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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