Três em cada quatro pessoas perderam alguém para a Covid-19

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que três em cada quatro brasileiros perderam alguém para a Covid-19.  Conforme o jornal O Estado de S. Paulo, a pesquisa “Os brasileiros, a pandemia e o consumo” destaca que entre as pessoas que perderam alguém durante a pandemia, 53% informaram ter perdido um amigo, 25% um parente e 15% um colega de trabalho.

De acordo com o estudo, feito pelo Instituto FSB Pesquisa, 75% da população conhece alguém que morreu de Covid-19 e 56% possui um medo “muito grande” ou “grande” da doença. O último levantamento deste tipo foi realizado em julho de 2020, o índice na época era de 47%.

A pesquisa aponta que para 22% da população o medo da pandemia é classificado como “médio” e para 9% “pequeno” ou “muito pequeno”. No estudo de julho de 2020, 29% das pessoas afirmaram  que o medo da pandemia era “médio” enquanto 10% avaliavam o temor como “pequeno” ou “muito pequeno”.

Por meio de nota, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, declarou que  “enquanto não houver uma vacinação em massa, a pandemia será motivo de grande preocupação para a população e continuará afetando o funcionamento das empresas, dificultando a esperada retomada da economia”.

O estudo teve a participação de 2.010 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 16 e 20 de abril em todos os estados do Brasil. A margem de erro é de 2% e o intervalo de confiança é de 95%.

Foto: ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

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Feminícidio: Saiba quem era a empresária morta a tiros na 25 de março

No sábado, 23, uma tragédia abalou a região da 25 de Março em São Paulo. Gianeriny Santos Nascimento, conhecida como Jane, uma empresária de 42 anos do ramo de produtos de beleza, foi morta a tiros pelo ex-marido, Denilson Bento, na Ladeira Porto Geral, no Centro Histórico da cidade.
 
Jane era uma empreendedora bem-sucedida, proprietária da Dom Doca Esmalteria, uma empresa fundada em 2019 com quatro lojas localizadas em Taboão da Serra, no Centro e na Zona Sul de São Paulo. A unidade principal da empresa está localizada na 25 de Março, o maior centro de comércio popular do país, onde o crime ocorreu.
A empresária deixou cinco filhos e dois netos. Os dois filhos mais novos, um menino de 5 e uma menina de 10 anos, eram filhos de Denilson Bento. Jane era muito ativa nas redes sociais, compartilhando momentos do dia a dia, roupas de grife, carros de luxo e viagens internacionais. No Instagram, a esmalteria acumula 540 mil seguidores, enquanto o perfil de Jane tem mais de 67 mil.

Relembre o crime

As imagens da câmera de segurança mostram o momento em que Denilson Bento, de 55 anos, discute com Jane às 17h33. Durante a discussão, Denilson se exalta, saca um revólver e efetua três disparos que atingem o abdômen de Jane. As pessoas presentes tentam contê-lo, mas ele consegue realizar os tiros, causando correria no local.
 
Após os disparos, Denilson foi imobilizado por pessoas que estavam no entorno e, em seguida, detido por policiais militares. A Justiça decretou prisão preventiva dele. A vítima foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos. A bala perfurou o abdômen de Jane e saiu do outro lado, causando uma parada cardíaca a caminho do hospital.
 
O assassinato da empresária gerou comoção entre amigos e clientes. A equipe da Dom Doca Esmalteria publicou uma nota de pesar, destacando a importância de lutar contra a violência que assombra tantas mulheres no país. “É com imenso pesar que comunicamos o falecimento da nossa querida Jane Domdoca. Infelizmente ela se tornou mais uma vítima da violência que assombra tantas mulheres em nosso país. Sua partida deixa uma lacuna imensa em nossos corações e reforça a urgência de lutarmos por um mundo onde nenhuma mulher tenha sua vida interrompida de forma tão cruel,” afirmou a nota.
 
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que a arma de fogo e dois aparelhos celulares foram apreendidos, e o automóvel de Denilson foi localizado, apreendido e entregue ao seu advogado. O caso foi registrado como feminicídio na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).

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