Três pessoas foram presas suspeitas de fraudar o benefício social Auxílio Emergencial, concedido pelo Governo Federal. As prisões, em caráter preventivo, ocorreram nos municípios de Quirinópolis e Goiânia. A operação, denominada como Linha de Frente, contou com o apoio direto da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) e da Força Tarefa de Segurança Pública (FTPS/GO).
De acordo com o delegado da Polícia Federal de Goiás (PF-GO), Jorge Florêncio, as investigações demonstraram que 162 pessoas tiveram as contas da Caixa Econômica Federal fraudadas, todas elas necessitadas do benefício.
Ainda segundo ele, os valores oriundos do Auxílio Emergencial eram suprimidos das contas das vítimas e destinados ao pagamento de boletos bancários. O valor da fraude, apurado até o momento, é de R$ 82.751,43. Há possibilidade de que este lucro indevido seja bem maior. As investigações ainda estão em andamento.
Modo de agir dos fraudadores
O fraudador obtinha o acesso à conta da vítima por meio de práticas fraudulentas, sem que esta estivesse ciente. Ao conseguir entrar, o criminoso verificava o saldo disponível na conta da vítima. Com essa informação em mãos, o suspeito criava um boleto em uma instituição de pagamento na qual ele próprio possui uma conta.
O valor do boleto é exatamente a mesma quantia encontrada como saldo na conta da vítima. Em seguida, o fraudador acessa novamente a conta da vítima e utiliza o saldo disponível para efetuar o pagamento do boleto, sendo ele mesmo o beneficiário dessa transação ilícita.