Três são presos tentando repassar droga a detentos da CPP, em Aparecida de Goiânia

Três pessoas foram presas na última sexta-feira (29), tentando repassar 659 papéis contendo substância análoga à droga sintética K4, para detentos da Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. As duas mulheres (mãe e irmã) e o homem (pai) foram flagrados pelos servidores penitenciários durante a entrega dos mantimentos e materiais de limpeza (Cobal).

O primeiro flagrante ocorreu no início da tarde, quando uma mulher, de 47 anos, chegou ao local para deixar pães de forma que seriam repassados ao filho, que cumpre pena por tráfico de entorpecentes. Junto ao alimento foram encontrados 27 pedaços da droga.

A segunda e a terceira apreensões ocorreram de forma similar. Em um dos casos, um senhor, de 43 anos, tentou repassar desinfetantes com 277 pedaços da droga sintética ao filho, preso desde agosto de 2021 por homicídio.

No último caso, a irmã de um detento que cumpre pena por tráfico de drogas, tentou repassar 355 porções do entorpecente. A jovem, de 26 anos, usou a mesma técnica do caso anterior, escondendo a droga em tampas de desinfetantes. Em todos os casos, tanto os familiares quanto os presos destinatários, foram encaminhados à Central de Flagrantes da Polícia Civil (PC), em Aparecida de Goiânia.

Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), procedimentos administrativos internos também foram abertos para que sejam aplicadas sanções disciplinares aos presos que receberiam a droga.

Familiares e presos foram encaminhados à Central de Flagrantes. (Foto: Reprodução/DGAP)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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