O Tribunal Regional Federal (TRF), da 2ª Região (Rio de Janeiro e Espírito Santo), decidiu manter a prisão de Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, juntamente com outros 14 suspeitos em uma audiência realizada nesta tarde de segunda-feira (8). A decisão dos oito desembargadores da 1ª Seção Especializada do TRF reiterou a prisão dos envolvidos, que foram detidos durante uma operação da Polícia Federal e Ministério Público Federal.
TH Joias foi preso na quarta-feira (3) em uma operação que resultou em 18 mandados de prisão e 22 de busca expedidos pelo desembargador Macário Júdice Neto. Todos os suspeitos foram capturados pela Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal como parte da operação Zargun, que desvendou um esquema de corrupção envolvendo membros do Comando Vermelho, agentes públicos e um delegado da PF.
As investigações apontaram que TH era responsável por operações de câmbio de grandes quantias em dinheiro em espécie em nome do traficante Luciano Martiniano Silva, conhecido como Pezão. A procuradora Ana Padilha destacou que os suspeitos ocupavam posições estratégicas e exerciam grande influência na facção criminosa envolvida.
Durante a audiência, os advogados dos acusados pleitearam a liberdade de seus clientes, argumentando falta de provas e solicitando a substituição da prisão por medidas cautelares. O advogado Matheus Osório, que representa Luiz Eduardo Cunha Gonçalves, conhecido como Dudu, assessor parlamentar de TH, ressaltou a inexistência de evidências substanciais contra seu cliente.
O desembargador Macário Júdice Neto, relator do caso, mencionou a complexidade do esquema e a presença de vazamentos durante a operação, destacando a habilidade de Dudu em negociar com facções rivais. A prisão dos suspeitos foi mantida em virtude da gravidade das acusações e do risco de interferência nas investigações. A PF continua apurando o caso para desmantelar completamente a organização criminosa envolvida.