Triatlo masculino é adiado no Rio Sena devido à poluição

A World Triathlon e os organizadores dos Jogos Paris 2024 decidiram adiar a disputa do triatlo masculino, originalmente marcada para a manhã de terça-feira (30) na capital francesa, madrugada no horário de Brasília. A causa foi a poluição do rio Sena, causada principalmente pelas fortes chuvas que atingiram a cidade no último fim de semana. O rio vai receber as provas de natação da modalidade. Agora, o triatlo masculino está previsto para quarta-feira (31), a partir das 5h45 (horário de Brasília). Antes, a partir das 3h (horário de Brasília) de quarta, está prevista competição feminina. O triatlo misto, que reúne equipes de homens e mulheres, continua agendado para a próxima segunda (5 de agosto).

De acordo com um comunicado emitido pela federação internacional da modalidade, a decisão de adiar a disputa marcada para esta terça-feira foi tomada em conjunto com as autoridades municipais de Paris, baseado também nas condições meteorológicas. A World Triathlon afirma que a realização das provas vai depender de novos testes de qualidade na água do Sena para que os níveis de poluição estejam dentro dos limites estabelecidos pela federação para a prática da natação.

“Paris 2024 e a World Triathlon reiteram que a sua prioridade hoje é a saúde dos atletas. Os testes realizados no Sena hoje revelaram níveis de qualidade da água que não fornecem garantias suficientes para permitir a realização do evento”, diz um trecho do comunicado oficial.

O percurso do triatlo, que combina natação, ciclismo e corrida na mesma prova, terá início na ponte Alexandre III, no centro da capital parisiense. Inaugurada no ano de 1900, o local é uma das mais famosas pontes da cidade. Além do triatlo, as provas da maratona aquática também estão previstas para as águas do rio Sena. A data original ainda não foi alterada: dias 8 e 9 de agosto.

O Brasil conta com um total de quatro atletas classificados no triatlo. No masculino competem Manoel Messias e Miguel Hidalgo. E no feminino vão participar Djenyfer Arnold e Vitoria Lopes.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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