Um tribunal coreano restabeleceu Han Duck-soo como presidente interino, restaurando seus poderes após o impeachment realizado em dezembro. Han assumiu o cargo após o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, que foi acusado de impor a lei marcial. A decisão do Tribunal Constitucional da Coreia do Sul foi tomada nesta segunda-feira (24), permitindo que Han retornasse imediatamente à sua posição de presidente interino.
Han agradeceu ao Tribunal Constitucional pela decisão sábia e elogiou os membros do gabinete pelo trabalho realizado durante sua suspensão. O primeiro-ministro expressou sua gratidão e destacou a importância de trabalhar juntos para responder às mudanças globais e garantir o desenvolvimento contínuo da Coreia do Sul em meio a transformações geopolíticas significativas.
A declaração de lei marcial por Yoon provocou a maior crise política na Coreia do Sul em décadas, levando a um vácuo de liderança devido a impeachments, renúncias e indiciamentos de altos funcionários. Han durou menos de duas semanas no cargo antes de ser suspenso, após se recusar a nomear mais juízes para o Tribunal Constitucional, entrando em conflito com o parlamento.
O Tribunal Constitucional decidiu por sete votos a um anular o impeachment de Han. Cinco juízes consideraram a moção válida, mas sem motivos suficientes para se acusar Han. Dois juízes consideraram a moção inválida desde o início, enquanto um juiz votou pelo impeachment. Han, com mais de três décadas em posições de liderança, foi acusado de não agir suficientemente para evitar a declaração da lei marcial.
Agora, com a reintegração de Han como presidente interino, a Coreia do Sul aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre o impeachment de Yoon. Se ocorrer a remoção de Yoon, uma nova eleição presidencial será realizada dentro de 60 dias. A situação política na Coreia do Sul permanece tensa, com divisões partidárias e desafios significativos no cenário geopolítico global.