Tribunal de Justiça do Rio libera sócios do laboratório PCS Saleme em escândalo de contaminação por HIV: Conheça a decisão judicial

O Tribunal de Justiça do Rio concedeu liberdade aos sócios do laboratório PCS Saleme, envolvido no escândalo de contaminação de seis pacientes por HIV após transplantes de órgãos. A 6ª Câmara Criminal concedeu habeas corpus a Matheus Vieira e Walter Vieira. Este último é tio do deputado federal Doutor Luizinho, ex-secretário estadual de Saúde. A decisão também é válida para Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, que também foram presos em operações da Polícia Civil contra a quadrilha investigada.

Segundo o desembargador Marcelo Castro, que assinou a decisão, não há motivos para continuar a prisão dos citados. Ele substituiu a prisão dos réus pelas seguintes medidas cautelares: entrega do passaporte, comparecimento em juízo, proibição de exercer atividade profissional ligada ao ramo de laboratório de análises clínicas até o trânsito em julgado da ação na Justiça, proibição de contato com as vítimas, proibição de se ausentar da cidade onde residem.

Walter Vieira é médico ginecologista e um dos sócios do PCS Lab Saleme. Casado com a tia do deputado federal e ex-secretário de Saúde Doutor Luizinho, Walter assinou os exames nos órgãos do primeiro doador. O médico é pai de Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, também sócio do laboratório. Doutor Luizinho deixou o cargo três meses antes da contratação do laboratório. A irmã dele, Débora Lúcia Teixeira, trabalha na Fundação Saúde, empresa pública do estado que assina o contrato com o laboratório. O deputado foi secretário de Saúde de janeiro a setembro de 2023.

Outra sócia do PCS Lab Saleme é Márcia Vieira, irmã de Walter. Os dois irmãos já foram condenados na Justiça por falso resultado positivo no teste de HIV de uma paciente em Belford Roxo. Eles eram sócios na Farroula Análises Clínicas LTDA. O resultado positivo para HIV estava errado, como ficou comprovado em exames feitos em outros laboratórios. A Farroula, durante o processo, alegou que alertou à paciente que o primeiro exame precisaria ser confirmado posteriormente, e disse que não houve falha na prestação de serviços. A empresa foi condenada a pagar R$ 10 mil em 2018, sete anos após o início do processo em 2011.

O juiz Glauber Bittencourt Soares da Costa, da 2ª Vara Cível da Comarca de Belford Roxo, afirmou que o falso resultado positivo causou à vítima “intenso sofrimento e problemas em sua relação conjugal.” “O sofrimento e a angústia de um falso resultado positivo, referente a uma doença tão séria e ainda sem cura, com uma gradual deterioração de sua qualidade de vida, a toda evidência, causa dano moral considerável que merece ser indenizado”, disse o magistrado. O pagamento foi realizado em 2023, e o processo foi posteriormente arquivado.

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Operação da PM na Rocinha: Forças Especiais combatem bandidos do Comando Vermelho

A Polícia Militar mobilizou forças especiais para uma operação na Favela da Rocinha, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, em colaboração com o Ministério Público estadual. A ação tem como objetivo prender bandidos de outros estados, principalmente do Ceará e de Goiás, ligados ao Comando Vermelho, que encontram refúgio na comunidade. A operação conta com a participação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoq), do Grupamento Especial de Salvamento e Ações de Resgate (Gesar), do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Batalhão Tático de Motociclistas e do Grupamento Aeromóvel (GAM).

Durante a chegada das tropas, houve um intenso tiroteio, resultando em uma pessoa morta e duas feridas. O homem que veio a óbito foi identificado como Vitor dos Santos Lima, conhecido como Playboy, e era apontado como segurança de um dos chefes do tráfico na comunidade. Além dos mandados de prisão, nove mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pelas equipes envolvidas na operação. A presença dos agentes policiais na Rocinha obrigou oito unidades escolares da rede municipal a suspenderem as aulas temporariamente.

Segundo informações levantadas pelos policiais, os criminosos da Rocinha estão cobrando altas taxas para esconder bandidos, chegando a solicitar até R$ 100 mil mensais. A comunidade tem sido alvo de operações policiais para combater a migração de bandidos de outros estados, resultando na prisão ou morte de 17 criminosos recentemente. O Comando de Operações Especiais (COE) está coordenando a ação, contando com a participação dos Grupamentos de Ações Táticas de 11 batalhões, a fim de garantir o sucesso da operação na Rocinha.

A situação da segurança na Rocinha é um reflexo da complexidade do cenário urbano do Rio de Janeiro, onde a violência e o tráfico de drogas têm impactado diretamente a vida dos moradores. A atuação das forças especiais da Polícia Militar em conjunto com o Ministério Público é essencial para combater essas organizações criminosas que ameaçam a paz e a segurança das comunidades cariocas. A operação em andamento na Rocinha é mais uma ação direcionada para desarticular quadrilhas e prender indivíduos envolvidos com o tráfico de drogas, visando restabelecer a ordem e a tranquilidade no local.

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