A Justiça decidiu manter Rogério de Andrade preso por mais um ano no presídio de segurança máxima em Mato Grosso do Sul. Essa decisão está relacionada ao processo no qual Andrade é acusado de ter ordenado a morte do contraventor rival Fernando Iggnácio.

O 1º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro determinou que o bicheiro Rogério de Andrade permaneça preso por mais um ano no presídio federal de segurança máxima em Mato Grosso do Sul, em Regime Disciplinar Diferenciado, o mais rigoroso, com confinamento em cela individual. A medida se baseia nas acusações de envolvimento de Andrade na morte de Fernando Iggnácio, além de Gilmar Eneas Lisboa.

A decisão judicial afirmou que Andrade ainda representa uma ameaça considerável à segurança do Estado e da sociedade. Também ressalta a influência do acusado e sua posição na “nova cúpula” do jogo do bicho, conforme documentação apresentada no processo.

Fernando Iggnácio, genro e herdeiro do contraventor Castor de Andrade, foi assassinado em novembro de 2020 em uma emboscada. Ele foi alvejado por tiros de fuzil 556 ao sair de um helicóptero no Recreio dos Bandeirantes, após retornar de Angra dos Reis. Este evento foi crucial para a investigação de Rogério de Andrade, que também é suspeito de subornar batalhões da PM e delegacias.

Além disso, Rogério de Andrade está sob investigação em outro caso envolvendo distribuição de propinas para unidades da Polícia Militar e delegacias. A priori, essas ações contribuem para a reputação do bicheiro no cenário criminal do Rio de Janeiro.

Para entender a relevância de Rogério Andrade e os motivos que levaram à sua prisão recente, é fundamental analisar seu histórico e sua atuação no mundo do jogo do bicho. Sua condição como líder de um dos principais grupos do segmento o coloca em destaque nas investigações policiais, fortalecendo as acusações que recaem sobre ele.