Trio condenado por matar menino de 14 anos com oito tiros em 2019: penas somadas totalizam 87 anos

Trio condenado por matar menino de 14 anos com oito tiros em 2019

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) proferiu a sentença condenatória em um júri popular para os três indivíduos envolvidos na morte de Sharley Ângelo Andrade Sirqueira, um adolescente de apenas 14 anos, assassinado a tiros no Sol Nascente no ano de 2019.

Kevin Araújo da Paz, apontado como o mentor do crime, recebeu a pena de 39 anos e 6 meses de reclusão. Já Matheus da Silva de Oliveira, responsável pelos disparos, foi condenado a 31 anos e 7 meses. Enquanto isso, Ingrid Ferreira Lima, que prestou apoio ao grupo durante a execução, pegou 16 anos e 4 meses de prisão. Somadas, as penas totalizam 87 anos e cinco meses de detenção.

De acordo com os autos do processo, o alvo inicial do crime não era o jovem Sharley, mas sim o ex-cunhado dele, Fernando Pinho Benjamim, de 21 anos. O Ministério Público do DF destacou que os disparos foram efetuados durante um encontro próximo a uma quadra de esportes, resultando em oito tiros fatais para o adolescente, enquanto Fernando foi baleado na perna.

A motivação por trás do crime foi atribuída a desavenças entre gangues que atuavam no tráfico de drogas da região. A Justiça considerou o motivo como fútil e destacou a crueldade do ato, indicando também a falta de defesa por parte da vítima. A sentença ressaltou ainda o impacto psicológico sofrido pelos familiares de Sharley, com relatos de depressão profunda.

Joselina Tavares Sirqueira, mãe do adolescente assassinado, descreveu o filho como um “menino de ouro”, lembrando o quanto ele era amado por todos que o conheciam. Ela manifestou sua confiança na justiça divina, caso a justiça terrena falhe. A família busca por justiça e paz diante desse trágico acontecimento.

No contexto do caso, fica evidente a gravidade da situação e a necessidade de assegurar a responsabilização dos culpados. O desfecho do júri popular, que resultou nas condenações dos envolvidos, representa um passo em direção à justiça para a família e a comunidade impactadas pela perda de Sharley. É fundamental que crimes como esse sejam punidos adequadamente para evitar que se repitam no futuro.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Extrema direita vence disputa cultural, diz Boulos: desafio para a esquerda

Extrema direita está conseguindo vencer a disputa cultural, diz Boulos

Em uma entrevista ao portal, Guilherme Boulos reflete sobre a derrota nas eleições municipais de São Paulo e aborda as dificuldades enfrentadas pela esquerda. Ele destaca a luta contra supersalários e a jornada de trabalho de 6×1 como pautas que dialogam com um público empreendedor, com o qual a esquerda tem encontrado desafios de comunicação. Boulos reconhece a dificuldade de dialogar com milhões de trabalhadores das periferias, enfatizando a importância de uma disputa de valores eficaz para atrair essa parcela da sociedade.

A ascensão da extrema direita é um fenômeno global, segundo Boulos. Ele aponta que esse segmento tem conseguido vencer a disputa cultural na sociedade, culpando a esquerda por questões como desemprego e falta de perspectivas. O discurso da extrema direita se baseia na ideia de que o Estado é problemático e de que cada um deve ser por si mesmo, alimentando uma falsa meritocracia. Boulos destaca que a esquerda precisa encontrar uma forma de se comunicar de maneira mais eficaz com esse público.

O deputado reforça a importância da pauta da redução da jornada 6×1, que historicamente é defendida pelos movimentos sociais e sindicais de esquerda. Ele ressalta que, apesar do cenário desafiador, essa pauta tem ganhado destaque com iniciativas como a mobilização do movimento VAT e a PEC proposta por Erika Hilton. A pressão popular, principalmente nas redes sociais, tem contribuído para impulsionar a discussão no Congresso Nacional, mostrando que mesmo em meio ao avanço da extrema direita, as pautas da esquerda ainda têm espaço de mobilização.

Boulos também se posiciona contra a anistia aos envolvidos no episódio do 8 de janeiro, destacando a necessidade de responsabilização daqueles que ultrapassam a linha vermelha do golpe contra a democracia. Ele ressalta que a sociedade precisa acertar as contas com seus traumas históricos para evitar a repetição de eventos que colocam em risco a democracia brasileira. A questão da anistia é essencial para preservar os valores democráticos e impedir que atentados contra a democracia fiquem impunes.

Em relação à sua atuação política e futuros planos, Boulos reforça a importância da coerência com suas bandeiras e valores. Ele destaca que não pretende ceder a pressões externas e mantém o foco em sua trajetória política. Quanto à possibilidade de assumir um ministério ou secretaria, Boulos ressalta que seu compromisso é com o mandato que recebeu do povo e de honrá-lo da melhor forma possível.

Por fim, Boulos enfatiza que não está pensando em futuras eleições no momento, após uma campanha intensa e marcada por desafios. Ele destaca a importância da relação entre seu partido, PSol, e o PT, evidenciando uma colaboração mútua e apoio durante a campanha eleitoral. Boulos rejeita a ideia de mudar de partido e reforça sua confiança nas relações políticas estabelecidas até o momento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp