Um crime inusitado foi descoberto em uma reserva natural no Rio de Janeiro. Um bicho-preguiça estava sendo levado de um parque dentro de uma mochila por um trio que venderia o animal por R$ 1,5 mil. A tentativa frustrada está sendo investigada pela polícia civil estadual.
A desconfiança dos integrantes que faziam uma ronda dentro do Parque Lage desencadeou no pedido de parada e averiguação da mochila. O bicho-preguiça havia sido dopado com medicamentos oferecido com uma banana. A surpresa foi ainda maior quando os homens abordados revelaram que pretendiam levar da natureza um macaco-prego de outro parque, mas a segurança estava reforçada e decidiram mudar de ponto turístico.
Ele recebeu assistência veterinária e passou por exames. Trata-se de uma fêmea de seis meses batizada de Glória que deve ser devolvida à Mata Atlântica. Antes, a bicho-preguiça se diverte com um cavalinho de pelúcia recebido como presente. O mimo é uma estratégia para dar conforto e evitar o estranhamento do ambiente.
Informações preliminares apontam que os animais não eram uma encomenda. O trio de criminoso afirmou que a venda seria para qualquer interessado em uma feira na Baixada Fluminense. Estimativas apontam o tráfico e venda ilegal de aproximadamente 35 milhões de animais silvestres spor ano em todo território brasileiro.
A infração é punida pela Lei Federal de Crimes Ambientais com detenção de 6 meses a 1 ano e multa, podendo ser dobrada em caso de crime praticado contra espécie em extinção, em período de proibição de caça, durante a noite, com abuso de licença e dentro de unidade de conservação.
Características
O bicho-preguiça tem esse nome devido aos movimentos lentos e silenciosos, o que o torna presa fácil de traficantes de animais. Na natureza, a pelagem é um ponto a favor para ser confundido com as árvores e desviar a atenção dos predadores naturais.
Natural da Mata Atlântica e da Amazônia, o mamífero pode ser encontrado também em outros países da América do Sul e da América Central. Embora ainda não seja considerado um animal em extinção, já está desaparecendo de diversas regiões onde era comum, como no Nordeste brasileiro.
Assista ao vídeo:
Ver esta publicação no Instagram
Uma publicação partilhada por Diário do Estado (@jornal_diariodoestado)