Trio é preso suspeito de aplicar o golpe de intermediário em ao menos cinco pessoas

Trio é preso suspeito de aplicar o golpe de intermediário em ao menos cinco pessoas

Um trio foi preso suspeito de envolvimento em um crime conhecido como “golpe do intermediário”, na quarta-feira, 20, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de um dos indivíduos que está apreendido.

Os golpistas fizeram cinco vítimas, entre a capital, Anápolis e Aparecida de Goiânia, durante o mês de março deste ano. Em média, cada uma delas teve um prejuízo de R$ 600. 

Foram presos o responsável por aplicar os golpes, o intermediador das contas bancárias e uma das pessoas que emprestou a conta para recebimento dos valores ilícitos. Outros indivíduos que emprestaram as contas serão inquiridos e indiciados nos inquéritos policiais.

Com os documentos e aparelhos celulares apreendidos em poder dos autores, espera-se obter informações a respeito de outras vítimas de estelionato praticado pelo grupo. Nos próximos 10 dias, os cinco inquéritos policiais serão concluídos e encaminhados ao Poder Judiciário para dar prosseguimento à persecução penal.

Golpe do intermediário

Conforme relatado pelo delegado que está cuidando do caso, Fabrício Flávio, o estelionatário se passava pelo vendedor alegando que o aparelho televisor estava na casa de um parente e passava o endereço para que o interessado ou comprador fosse até o local vistoriar o objeto.

“Avisava que este primo ou prima que estava na posse do objeto também tinha interesse em adquirir o objeto e, por isso, não era para mencionar que tinha o interesse na compra. Caso gostasse do produto, já poderia fazer a transferência bancária para a conta informada com antecedência e pegar o produto com o primo ou prima”, contou o delegado Fabrício ao Jornal Diário do Estado (DE).

Já para o real vendedor, o estelionatário afirmava que um primo dele iria até o local verificar se o aparelho estava funcionando e, caso gostasse, poderia mandar ele fazer a transferência via pix. O golpe só funciona quando a vítima/comprador promove a transferência do valor antes de confirmar os dados bancários com o real vendedor.

“Normalmente o intermediador capta pessoas jovens e desempregadas, divulgando para parentes e pessoas próximas, oferecendo o valor de R$ 150,00 a R$ 250,00 por cada conta bancária”, disse sobre o modus operandi dos suspeitos.

Os investigados seguem presos preventivamente e devem responder aos crimes de associação criminosa e fraude eletrônica, caso sejam condenados às penas máximas podem chegar a 11 anos de reclusão.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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