Trio suspeito de explodir agências bancárias em Goianira é preso

A Polícia Civil, por meio do Grupo Antirroubo a Bancos (GAB), prendeu três homens suspeitos de explodirem duas agências bancárias em Goianira, município da Região Metropolitana, no início do mês de abril.

Paulo Henrique Trajano, Luciano Rios de Oliveira e Leonardo Antônio Teles Andrade foram localizados em Goianira. Junto com eles, os policiais encontraram um explosivo artesanal, uma alavanca, luvas, máscaras. Segundo Luciano de Oliveira, o trio ainda detinha material suficiente para a confecção de mais dois explosivos. Ele também confessou que fabricava os artefatos e que eles seriam utilizados em mais um roubo a uma agência bancária.

A investigação do GAB aponta que a associação criminosa era comandada pelo reeducando Edvan Esteves. Segundo a polícia, mesmo preso na Casa de Prisão Provisória em Aparecida de Goiânia, ensinou Luciano a fabricar os explosivos e ainda escolhia as agências a serem atacadas e o dia do roubo.

Além dos mandados de prisão contra o trio, outros dois foram cumpridos contra Edvan, que está preso desde dezembro de 2016. Os acusados acumulam passagens por crimes de roubo, tentativa de homicídio, furto, tráfico de drogas, receptação, apropriação indébita, ameaça, extorsão, lesão corporal e desobediência.

Nesta ação, os investigados responderão pelos crimes de furto qualificado, associação criminosa, explosão e posse ilegal de artefato explosivo. As penas podem chegar a 23 anos de reclusão.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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