Trump afirma que “problema” com Coreia do Norte “será resolvido”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (26), ao início de uma reunião bilateral com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que o “grande problema” da ameaça nuclear e das provocações da Coreia do Norte “será resolvido”,

Nessa reunião, que ocorreu antes da Cúpula do G7 da cidade siciliana de Taormina na qual ambos participam, Trump e Abe abordaram a questã norte-coreana. “É um grande problema, um problema do mundo”, disse Trump, acrescentando que o mesmo “será resolvido em algum momento”.

Segundo um comunicado emitido pela Casa Branca após o encontro, Trump disse em presença de Abe que os EUA trabalharão com o Japão e a Coreia do Sul “para aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte” e demonstrar que o atual caminho de provocações de Pyongyang “não é sustentável”.

Além disso, Trump e Abe acordaram que suas respectivas equipes colaborarão para identificar e punir “entidades que apoiam os programas de mísseis e nuclear da Coreia do Norte “.

Trump insistiu em deixar aberta a porta para uma ação militar contra o regime de Pyongyang, ainda que tenha evidenciado que prefere uma solução diplomática, e expressou sua confiança na mediação do presidente chinês, Xi Jinping, para acalmar as tensões.

Sob condições

No começo de maio, Trump chegou a dizer que estava disposto a se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, “sob as circunstâncias adequadas”, ainda que o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, tenha dito depois que as condições para que esse encontro seja possível não existem atualmente.

Em uma recente conversa telefônica com o presidente da Filipinas, Rodrigo Duterte, Trump chamou o líder norte-coreano de “louco com bombas nucleares”, segundo uma transcrição da ligação obtida pelo jornal The Washington Post.

Durante essa ligação, Trump pediu a Duterte sua opinião sobre o comportamento de Kim para saber se o norte-coreano era “estável ou não” e também expressou certa satisfação pelo fracasso dos testes de mísseis lançados por Pyongyang.

Trump, Abe e os outros líderes que participam hoje da Cúpula do G7 abordarão a ameaça norte-coreana, entre outros assuntos.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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