Trump ameaça fechar Congresso dos Estados Unidos

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou fechar o Congresso dos EUA, usando uma cláusula da Constituição que jamais foi usada na história. Ele fez esta ameaça numa entrevista coletiva na Casa Branca nesta quarta-feira (16). Irritado, usou como desculpa o fato de o Congresso estar demorando para aprovar indicações de juízes e outros quadros da administração, que ele considera fundamentais para sua campanha eleitoral. Na entrevista, segundo a agência Reuters, Trump afirmou que está frustrado com o fato de os parlamentares não estarem conduzindo as sessões legislativas em Washington: “O fato de deixarem a cidade enquanto conduzem sessões falsas e formais é um abandono de seus deveres, algo que o povo americano não pode arcar com essa crise”.

Trump afirmou que seus indicados ajudariam na gestão da crise decorrente da pandemia do coronavírus, mas não deu qualquer informação sobre qual seria o papel deles.

A prerrogativa constitucional invocada por Trump nunca foi exercida por nenhum presidente americano. O texto prevê que o líder do Executivo pode forçar tanto Câmara quanto Senado a entrar em recesso caso as duas casa não consigam chegar a um acordo sobre uma data.

A indicação de Trump de conservadores para cargos de juízes federais é uma parte importante de seu apelo aos eleitores republicanos, cujo apoio ele precisa para ser reeleito em novembro.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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