Trump apoia lei para aumentar sanções contra Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoia um projeto de lei anunciado ontem (22) pelas duas câmaras do Congresso americano para aumentar as sanções à Rússia, devido em parte à sua suposta ingerência nas eleições do país, disse neste domingo a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders. As informações são da Agência EFE

“Apoiamos o projeto de lei tal como está agora”, afirmou Sanders, em entrevista à emissora de televisão ABC News. A Casa Branca tinha se oposto a uma versão anterior do mesmo projeto, devido sobretudo ao fato de que o plano limitava a capacidade de Trump de suspender as sanções à Rússia.

O novo projeto de lei, que inclui também novas sanções ao Irã e à Coreia do Norte, mantém esse limite: se Trump quiser suspender as restrições ou fazer mudanças “significativas” na política para a Rússia, deverá informar ao Congresso e este teria 30 dias para decidir se lhe permite fazê-lo.

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, advertiu, no mês passado, que aumentar as sanções a Moscou complicaria seu esforço para endireitar as relações com a Rússia, e instou os legisladores a dar “flexibilidade” a Trump para desenvolver sua política exterior. No entanto, Sanders assegurou hoje que o governo de Trump “apoia ser duro com a Rússia e, em particular, impor estas sanções”.

“A legislação original estava mal concebida, mas pudemos trabalhar com a Câmara de Representantes e o Senado, e a administração está satisfeita de ter podido fazer isso e ter feito mudanças que eram necessárias”, destacou a porta-voz. “Seguiremos trabalhando com a Câmara e o Senado para impor essas duras sanções à Rússia até que se resolva a situação na Ucrânia, algo que, por enquanto, não ocorreu”, acrescentou.

O novo texto, que será votado na terça-feira (25), na Câmara, e pouco depois no Senado, imporia sanções à Rússia não só pela sua interferência nas eleições presidenciais de 2016, mas também por sua atividade militar no leste da Ucrânia e sua anexação da península ucraniana da Crimeia em 2014. A lei sancionaria ainda os russos implicados em violações de direitos humanos, responsáveis de ciberataques e indivíduos que tenham fornecido armas ao regime sírio de Bashar al Assad.

A votação será feita sob um procedimento expresso reservado para projetos de lei que contam com muito respaldo, e se espera que seja aprovado por uma maioria de dois terços em ambas câmaras, um apoio suficientemente amplo para invalidar qualquer veto que Trump pudesse decidir impor sobre a legislação.

A Casa Branca parece ter decidido que, ainda se Trump mantiver sua capacidade de veto, não lhe conviria fazê-lo em um momento em que há investigações abertas do FBI e do Congresso sobre os seus supostos laços com a Rússia.

Irã e Coreia do Norte

Quanto ao Irã, o projeto de lei impõe sanções financeiras e proíbe a entrada nos EUA de pessoas implicadas no programa de mísseis balísticos de Teerã e daqueles que negociem com eles.

A lei também obrigaria o governo americano a aplicar sanções à Guarda Revolucionária do Irã por seu “apoio do terrorismo” e a sancionar violadores de direitos humanos.

Por último, o projeto proibiria a entrada nos Estados Unidos de bens produzidos com uso de trabalhos forçados na Coreia do Norte, e vetaria a chegada a portos americanos de barcos norte-coreanos ou provenientes de países que não implementem as resoluções da ONU contra Pyongyang.

Fonte: Agência Brasil

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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