Trump e Moon querem sanções à Coreia do Norte

Os presidentes da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e dos Estados Unidos, Donald Trump, concordaram neste domingo (17) em aplicar “a fundo” as sanções impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU) à Coreia do Norte. O intuito é fazer com que o país interrompa as provocações com os testes de armas. As informações são da Agência EFE.

Os presidentes fizeram o acordo durante um telefonema, em que concordaram com a necessidade de “implementar a fundo” as medidas para que o governo norte-coreano veja que, se continuar com sua atitude, “só se isolará mais diplomaticamente e enfrentará mais pressão econômica”, o que levará o país “ao colapso”, segundo o escritório da presidência da Coreia do Sul.

A conversa entre Moon e Trump ocorreu após o lançamento, na última sexta-feira, de um novo míssil por parte da Coreia do Norte. O míssil sobrevoou o território japonês antes de cair nas águas do Pacífico.

O presidente sul-coreano destacou a importância de melhorar a capacidade defensiva do seu país, além de contar com o apoio das tropas norte-americanas.

Trump reiterou o pleno apoio dos EUA à Coreia do Sul e assegurou que vai continuar dando toda a ajuda e apoio necessário para fortalecer ainda mais sua aliança, segundo comunicado da Coreia do Sul.

Moon e Trump combinaram de continuar tratando o assunto em reunião em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, na próxima semana.

Fonte: Agência Brasil

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp