Trump nega ter pedido para ex-diretor do FBI parar investigação sobre Rússia

O presidente americano Donald Trump negou ter pedido ao ex-diretor do FBI, James Comey, para parar a investigação sobre as supostas ligações de seu ex-assessor Michael Flynn com a Rússia. Trump também disse que está disposto a prestar depoimento sobre suas conversas com Comey sob juramento, mas se negou a confirmar a existência de gravações sobre essas conversas.

Comey fez seu depoimento ao comissão de inteligência do Senado dos EUA nesta quinta-feira. Na audiência do Congresso mais aguardada em anos, ele afirmou que foi demitido por causa da investigação da suposta interferência russa na eleição americana, que não tem dúvidas de que essa interferência existiu, e que a administração Trump mentiu sobre sua pessoa e sobre o FBI, difamando-os. Não opinou, no entanto, sobre se o presidente obstruiu a Justiça ao falar com ele sobre a investigação.

Dias após seu afastamento, “The New York Times” divulgou um memorando em que Comey relatava um pedido de Trump para que ele encerrasse a investigação sobre Flynn, que era suspeito de estar em contato com a Rússia durante a campanha presidencial. Nesta quinta, Comey disse ter interpretado a conversa com Trump sobre a investigação envolvendo Flynn como uma “instrução”.

Após seu depoimento, o advogado de Trump já havia dito que Trump “nunca pressionou ou orientou o trabalho” do ex-diretor da polícia federal americana.

Em coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump também voltou a negar que sua equipe de campanha das últimas eleições presidenciais tenha feito um conluío com autoridades russas.

Fonte: G1

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Terremoto no Tibete e Nepal: Número de mortos sobe para 126 e mais de 180 feridos

O forte terremoto que atingiu o Tibete e o Nepal na manhã desta terça-feira, 7, já deixou 126 mortos e 188 feridos, segundo a emissora estatal China Central Television (CCTV). O tremor de magnitude 7,1 foi sentido em várias partes do Himalaia, incluindo o Nepal, Butão e regiões do norte da Índia.

O epicentro foi registrado no condado de Tingri, no alto do planalto tibetano, a cerca de 80 km ao norte do Monte Everest e próximo à fronteira com o Nepal. A profundidade do sismo foi de aproximadamente 10 km, conforme o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A área afetada, conhecida por sua atividade tectônica intensa, inclui pequenas aldeias e vales isolados.

Os tremores causaram danos significativos: mais de 3.600 casas foram destruídas, ruas ficaram cobertas de escombros, e postes e telhados desabaram, atingindo veículos. Em Kathmandu, capital do Nepal, moradores relataram cenas de pânico. “Foi muito forte. As pessoas saíram correndo de suas casas, e os fios dos postes se soltaram”, contou Bishal Nath Upreti, do Centro Nepalês para Gestão de Desastres.

Além do terremoto principal, cerca de 150 tremores secundários foram registrados até a noite de terça-feira, sendo 19 deles com magnitudes iguais ou superiores a 3,0, informou o Centro de Terremotos da China.

A região próxima ao epicentro é pouco povoada, com cerca de 6.900 habitantes espalhados por 27 vilarejos em um raio de 20 km. Por ser uma área de difícil acesso, equipes de resgate enfrentam desafios para alcançar as comunidades mais afetadas. Médicos, especialistas e recursos estão sendo transportados por aviões da Tibet Airlines e da Air China.

O presidente da China, Xi Jinping, ordenou esforços intensivos para o salvamento das vítimas, a realocação dos desabrigados e a proteção da população durante o inverno rigoroso. Mais de 1,5 mil bombeiros estão mobilizados na operação de resgate, enquanto o número de mortos e feridos continua sendo atualizado.

As consequências do terremoto também foram sentidas em uma cidade sagrada tibetana e em um acampamento base do Monte Everest. A energia liberada pelo movimento tectônico, causado pela colisão das placas da Índia e da Eurásia, abalou toda a região, refletindo a força destrutiva das dinâmicas geológicas no Himalaia.

 

 

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