Última atualização 10/06/2017 | 14:22
O presidente americano Donald Trump negou ter pedido ao ex-diretor do FBI, James Comey, para parar a investigação sobre as supostas ligações de seu ex-assessor Michael Flynn com a Rússia. Trump também disse que está disposto a prestar depoimento sobre suas conversas com Comey sob juramento, mas se negou a confirmar a existência de gravações sobre essas conversas.
Comey fez seu depoimento ao comissão de inteligência do Senado dos EUA nesta quinta-feira. Na audiência do Congresso mais aguardada em anos, ele afirmou que foi demitido por causa da investigação da suposta interferência russa na eleição americana, que não tem dúvidas de que essa interferência existiu, e que a administração Trump mentiu sobre sua pessoa e sobre o FBI, difamando-os. Não opinou, no entanto, sobre se o presidente obstruiu a Justiça ao falar com ele sobre a investigação.
Dias após seu afastamento, “The New York Times” divulgou um memorando em que Comey relatava um pedido de Trump para que ele encerrasse a investigação sobre Flynn, que era suspeito de estar em contato com a Rússia durante a campanha presidencial. Nesta quinta, Comey disse ter interpretado a conversa com Trump sobre a investigação envolvendo Flynn como uma “instrução”.
Após seu depoimento, o advogado de Trump já havia dito que Trump “nunca pressionou ou orientou o trabalho” do ex-diretor da polícia federal americana.
Em coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump também voltou a negar que sua equipe de campanha das últimas eleições presidenciais tenha feito um conluío com autoridades russas.
Fonte: G1