Enviado de Trump para a Ucrânia pode frustrar planos de Zelensky
Trump nomeou general que já defendeu o congelamento de linhas de combate e negociações com Putin como enviado para a Ucrânia e Rússia
O presidente eleito Donald Trump [https://www.metropoles.com/tag/donald-trump] indicou o general Keith Kellog como seu enviado especial para a Ucrânia e Rússia, e deu mais sinais de como deve ser a política dos Estados Unidos [https://www.metropoles.com/tag/estados-unidos] em relação ao conflito no Leste Europeu. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27/11), na rede social Truth.
“Estou muito satisfeito em nomear o general Keith Kellogg para servir como Assistente do Presidente e Enviado Especial para a Ucrânia e a Rússia”, disse o presidente eleito dos EUA em um comunicado no X. “Keith liderou uma distinta carreira Militar e Empresarial, incluindo servir em funções altamente sensíveis de Segurança Nacional na minha primeira Administração. Ele esteve comigo desde o começo! Juntos, garantiremos a PAZ ATRAVÉS DA FORÇA e Tornaremos a América e o Mundo SEGUROS NOVAMENTE!”.
Na primeira administração de Trump, o veterano da Guerra no Vietnã [https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/livro-de-veterano-reporter-de-guerra-brasileiro-saira-com-textos-novos] atuou como conselheiro de segurança nacional do então vice-presidente do país, Mike Pence.
Com a escolha de Kellogg para atuar diretamente no conflito envolvendo Rússia e Ucrânia [https://www.metropoles.com/tag/ucrania], Trump volta a dar sinais de que a política externa dos EUA sobre conflitos deve sofrer modificações durante seu segundo mandato.
Em abril deste ano, o general chegou a elaborar o plano de paz sobre a guerra na Ucrânia ao lado de outro militar norte-americano. No documento, Kellogg propôs o congelamento de linhas de batalha para as discussões de um cessar-fogo e adiar a adesão da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). [https://www.metropoles.com/mundo/russia-responsabilizara-otan-se-ucrania-usar-misseis-dos-eua-em-ataque] O general ainda defendeu a possibilidade de negociação com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Na teoria, a proposta enfraqueceria os planos de Volodymyr Zelensky [https://www.metropoles.com/tag/volodymyr-zelensky] e abriria espaço para que a Rússia fique com territórios ucranianos conquistados até o momento, o que é visto pelo presidente da Ucrânia como inadmissível.
Além do plano do enviado especial de Trump para a Ucrânia, o novo presidente norte-americano já fez críticas abertas quanto ao financiamento bilionário de Washington à Kiev, sinalizando que os cofres de Washington podem se fechar para Kiev durante sua gestão. [https://www.metropoles.com/mundo/eua-anuncia-ajuda-militar-para-a-ucrania-pela-5a-vez-em-57-dias]