Trump fala em comprar Gaza e distribuir território para outros países
Após falar em expulsar palestinos de Gaza, Trump agora diz que o território pode
ser comprado e distribuído para países do Oriente Médio
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump voltou a fazer declarações sobre a Faixa de Gaza e, desta vez, expressou o desejo de “comprar e possuir” o enclave palestino, lar de mais de 2 milhões de pessoas. A nova declaração polêmica aconteceu neste domingo (9/2), enquanto o presidente dos Estados Unidos viajava para assistir o Super Bowl LIX.
AMEAÇAS CONTRA GAZA:
Há alguns dias, Trump tem falado em expulsar os palestinos da Faixa de Gaza e enviá-los para alguns países do Oriente Médio, como a Jordânia e o Egito. O presidente dos EUA chegou a falar em ocupar o enclave palestino durante encontro com Netanyahu. A Casa Branca chegou a negar as declarações polêmicas de Trump. Contudo, o presidente norte-americano vem repetindo que planeja intervir na região.
A bordo do Força Aérea Um, o avião presidencial dos EUA, Trump ainda falou que parte do território de Gaza pode ser distribuído para alguns países do Oriente Médio. “Estou comprometido em comprar e possuir Gaza e posso dar partes dela a outros países do Oriente Médio para reconstruir”, declarou Trump para a imprensa que acompanhava a viagem presidencial.
Segundo o presidente norte-americano, o objetivo é transformar a Faixa de Gaza em um lugar “privilegiado para o desenvolvimento futuro”. “Eu me importarei com os palestinos e garantirei que eles não sejam mortos”, declarou. Anteriormente, Trump havia determinado a Jordânia e o Egito como possíveis destinos para pessoas expulsas de Gaza. Os dois governos, no entanto, se juntaram a outros países árabes para rejeitar as falas do líder norte-americano.
Apesar da negativa de nações do Oriente Médio, Trump tem um encontro marcado com o rei da Jordânia, Abdullah II, na próxima terça-feira (11/2). Enquanto voava para acompanhar a final da NFL em Nova Orleans, o presidente norte-americano revelou que também deve se reunir com os líderes da Arábia Saudita e Egito com a expectativa de que negociações sobre a “limpeza” de Gaza avancem. Ele, contudo, não indicou quando os encontros devem acontecer.