Trump recebe Temer

O presidente Michel Temer participou nesta segunda-feira (18) de um jantar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante o encontro, o americano disse que quer que a Venezuela restaure sua democracia e que a situação no país é inadmissível. Outros líderes latino-americanos, como os presidentes de Colômbia e Panamá, também foram convidados ao encontro. Temer, ao sair, afirmou que houve uma “coincidência” de posições de que a pressão diplomática sobre Caracas deve continuar para que se chegue a uma solução democrática.

“A ditadura socialista de Nicolás Maduro tem infligido miséria e sofrimento terríveis ao bom povo daquele país. Esse regime destruiu uma nação próspera ao impor uma ideologia falida que produziu pobreza e desespero em todos os lugares onde foi experimentada”, disse Trump no jantar.

“Maduro desafiou seu próprio povo, roubando poder de seus representantes eleitos para seu desastroso governo. O povo venezuelano está morrendo de fome, e seu país está entrando em colapso. Foi um dos países mais ricos do mundo por um longo período de tempo. E agora as pessoas estão famintas e o país está entrando em colapso. Quem pensaria que isso é possível? Suas instituições democráticas estão sendo destruídas. A situação é completamente inaceitável. Como vizinhos responsáveis e amigos do povo venezuelano, nosso objetivo é ajudá-los a recuperar sua liberdade”, disse o americano.

‘Coincidência de posições’

Temer falou apenas brevemente com a imprensa ao sair. Ele afirmou que os países da América Latina e do Caribe querem continuar a pressionar a Venezuela, para ajudá-la, mas disse que não se acordou a adoção de sanções contra o país. Ele afirmou que todos avaliaram que é preciso que se chegue logo a uma solução democrática para a crise venezuelana.

“Eu próprio relatei que recebi o (oposicionista venezuelano) Leopoldo López, tenho mantido os mais variados contatos, recebi a esposa dele, a mãe dele para revelar a posição do Brasil em relação à Venezuela, coisa que não ocorria antes, não é? E houve coincidência absoluta, as pessoas querem que lá se estabeleça a democracia, não querem uma intervenção externa, naturalmente, mas querem manifestações que se ampliem, a dos países que aqui estão para os países da América Latina, para os Países Caribenhos, de maneira a pressionar a solução democrática na Venezuela”, disse Temer.


As informações são do G1

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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