Trump se torna o primeiro ex-presidente dos EUA com foto para prisão

Trump se entrega em uma prisão e divulga sua primeira foto de identificação, conhecida como mugshot

O ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, é o primeiro ex-presidente norte-americano a ter uma foto de identificação para ficha na justiça do referido país, chamada de “mugshot”.

Trump foi fotografado dessa forma pela primeira vez na sua vida, tornando-se o primeiro ex-presidente norte-americano a ter uma mugshot. O clique aconteceu após ele se entregar em uma prisão no estado da Geórgia, nesta quinta-feira, 24.

O ex-presidente se entregou à justiça por ter sido acusado de tentar alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020. Apesar disso, o ex-presidente ficou pouco tempo detido, pois pagou uma fiança no valor de R$ 1 milhão. Além da mugshot, Trump recebeu também um número de identificação no sistema de justiça.

Sua mugshot foi compartilhada na internet pelo Trump na sua própria mídia social, Truth, acompanhada de um link da sua campanha de solicitação de doações, com a legenda “Hoje, na prisão notoriamente violenta do condado de Fulton, Geórgia, fui PRESO apesar de não ter cometido NENHUM CRIME”.

Além de Donald Trump, outras 11 pessoas acusadas de tentar alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020 já se entregaram à justiça americana. Entre eles, estiveram o último chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, e Harrison Floyd, mas este não teve liberdade sob fiança, como os demais.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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