Trump sofre segundo impeachment

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira, 13, o impeachment do presidente Donald Trump pela segunda vez, por “incitar a insurreição”. Esta é primeira vez da história do país que um presidente sofre dois impeachments.

O primeiro impeachment sofrido por Trump foi em 2019, que foi aprovado pela Câmara, mas o Senado, de maioria republicana, o absolveu, sem tirá-lo do cargo de presidente. Agora, a seis dias do fim do mandato de Trump, o processo segue mais uma vez para julgamento no Senado, mas o momento ainda é incerto porque a Casa ainda está em recesso.

O gabinete de Mitch McConnell, líder da maioria republicana, informou aos democratas sobre não concordar com o pedido de usar poderes de emergência para convocar os senadores de volta à sessão antes de terça-feira, 19. Isso significa que um julgamento para a destituição de Trump provavelmente não terá início até a véspera da posse de Joe Biden, no dia 20.

Em um comunicado divulgado na tarde desta quarta-feira Trump pediu se pronunciou a respeito das manifestações de apoiadores. “À luz dos relatos de mais manifestações, exorto que NÃO deve haver violência, NENHUMA violação às leis e NENHUM vandalismo de qualquer tipo. Não é isso que eu defendo e não é o que os Estados Unidos representam. Apelo a TODOS os americanos para ajudar a aliviar as tensões e acalmar os ânimos “, disse o comunicado.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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